A Manor pediu esta sexta-feira uma proteção contra credores, nos moldes do qual tinha pedido em 2012. Segundo conta hoje a Sky Sports, no seu site, a Just Racing Services Ltd, empresa proprietária da Manor Racing, decidiu chegar a acordo com a FRP Advisory, especialista em gestão de empresas em processo de proteção de falência. Eles já tinham feito o mesmo serviço quando a Marussia entrou num processo semelhante, e por agora, não pretende despedir nenhum dos 212 funcionários. Contudo, necessitam urgentemente de encontrar um novo parceiro para garantir a presença no GP da Austrália.
Nos últimos meses, a empresa tentou arranjar um novo comprador para a equipa, tendo havido contactos bem avançados com um grupo de investidores americanos, liderados por Tavo Helmund, o promotor do GP dos Estados Unidos, no Circuit of the Americas. Contudo, tais conversações parecem ter caído, logo, tiveram de tomar esta decisão.
Como é sabido, a Manor ficou na 11ª posição do campeonato de Construtores em 2016, depois de ter conseguido um ponto na Austria, graças a Pascal Wehrlein. Contudo, no GP do Brasil, Felipe Nasr fez um nono posto e com os dois pontos subsequentes, fez passar a equipa de Hinwill para a décima posição, importante para as finanças da equipa, pois permite uma injeção superior a 35 milhões de dólares por parte da FOM. Sem isso, e apesar de Stephen Fitzpatrick ter garantido que isso não afetaria as suas finanças a curto prazo, disse que a longo prazo, tinha de se fazer alguma coisa.
E é por isso que ainda não foram anunciados os pilotos que poderiam correr com eles em 2017. Há quatro candidatos para o lugar: O brasileiro Felipe Nasr - curiosamente, pode haver uma troca entre ele e Wehrlein, já que se fala que o alemão poderá ir para a Sauber - o mexicano Esteban Gutierrez, que foi dispensado pela Haas, o indonésio Rio Haryanto e o britânico Jordan King, cujo pai, Justin, já trabalhou para grandes empresas britânicas como a Sainsbury's e a Marks & Spencer.
Contudo, Haryanto perdeu recentemente o apoio da Petramina, a petrolífera indonésia, e Nasr tem apenas cerca de cinco milhões de euros de patrocínio pessoal, que é manifestamente insuficiente. Já Gutierrez poderá ter apoios mexicanos, mas estes tem de ser bem "gordos" para assegurar a sobrevivência da equipa, e claro, serem uma mais-valia, e King ainda não tem garantias de que vai arranjar bons apoios em terras de Sua Majestade.
Veremos no que isto irá dar. à partida, parece que tudo indique que estarão presentes em Melbourne, mas poderá ser uma temporada de "credo na boca", um pouco semelhante à última temporada da Caterham, em 2014, quando Tony Fernandes decidiu "desligar a ficha" por causa da Formula 1 ser um sorvedouro de dinheiro.
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