Oficialmente, este é o primeiro Grande Prémio europeu, mas como Sochi fica nos confins da Europa, eu tenho as minhas dúvidas. De qualquer forma, estamos em território russo, mais uma das "novas paragens" que o anterior proprietário da Formula 1 quis expandir para sacar mais dinheiro para ele.
É verdade que o Parque Olímpico de Sochi está bem aproveitado. Depois dos Jogos Olímpicos de Inverno, os russos aproveitam bem em termos desportivos, e no ano que vêm, o Estádio Olímpico será palco de alguns jogos do Mundial de futebol, logo, aquele parque olímpico não está tão ao abandono como se pode ver noutros lados.
Os eventos de ontem, nos treinos livres, pareciam indicar que iriam ver uma luta entre Ferrari e Mercedes pela pole-position. Mas como uns são bons em esconder todo o jogo, o outro lado apontou logo essa possibilidade. Mas com a Scuderia a ganhar corridas pela estratégia, parece que poderemos estar a ver não tanto o jogo a virar-se, mas sim um verdadeiro desafiante ao domínio dos Flechas de Prata desde 2014.
Debaixo de tempo primaveril - mas com muita neve nas montanhas - máquinas e pilotos prepararam-se para a qualificação. A Q1 decorreu sem incidentes para os carros da frente, apesar dos Red Bull terem dificuldades de "downforce" para fazer funcionar os seus pneus. Houve quem já partia com desvantagem: Stoffel Vandoorne tinha de mudar o motor e a caixa de velocidades e perdeu 15 lugares, significando que, independentemente do que faria, o último lugar da grelha era dele.
E claro, todos eles iriam usar pneus ultra-macios, pois o asfalto estava quente, a rondar os 40ºC de temperatura.
A qualificação começava com os Mercedes a quererem marcar os melhores tempos, tentando mostrar à Ferrari que ali, ainda mandavam. Valtteri Bottas foi o primeiro a fazer, com 1.34,177, com Hamilton a fazer 1.34,409. Vettel fazia uma marca um segundo mais lento, e pouco depois, Bottas melhorava com 1.34,041.
As coisas andavam assim até perto do final da Q1, quando Jolyon Palmer, que estava ameaçado de eliminação, tentou a sua sorte... mas exagerou. A batida foi forte nos muros de proteção e foram lançadas as bandeiras amarelas, mas isso não impediu de, por exemplo, Fernando Alonso conseguir passar para a Q2.
E quem não foi, para além de Vandoorne e Palmer? O Haas de Romain Grosjean e os Sauber de Pascal Wehrlein e Marcus Ericsson, que não se deram bem com o asfalto russo. Mas o alemão da Sauber se queixou de problemas no carro, logo, nem tudo foi culpa do carro, dos pneus ou da falta de jeito do piloto.
Na Q2, o jogo do gato e do rato continuava. Mercedes marcava tempos, com a Ferrari a fazer marcação... mas nem tanto. Sabiam que tinham carro e pneus, tanto que quando Kimi Raikkonen fez a sua primeira volta mais rápida, marcou 1.34,053, para depois o seu compatriota tirar 1.33,264, tirando um grande pedaço de tempo, como se aquela fosse a volta da pole. E Bottas era tão veloz e tão bom na qualificação, que Hamilton, quando foi a sua vez, ficou... quase meio segundo atrás. A mudança parecia ser real, dentro da Mercedes.
Vettel, claro, respondeu: 1.34,038, 15 centésimos mais veloz do que Bottas, e a pole provisória. E logo de imediato, foram para as boxes, dizendo a todos que mais tarde, poderiam fazer melhor.
No final da Q2, os carros da Toro Rosso, bem como o McLaren de Fernando Alonso, o Haas de Kavin Magnussen e o Williams de Lance Stroll foram os eliminados. Por outro lado, os Ferrari, que fizeram as voltas necessárias, a Mercedes, os Red Bull, os Force India, o Williams de Felipe Massa e o Renault de Nico Hulkenberg.
A parte final da qualificação em Sochi começou com os Mercedes logo na pista, tentando marcar tempo - e fazendo marcação à distância à Ferrari - mas o primeiro a marcar foi Kimi Raikkonen, com 1.33,253. Vettel faz 153 centésimos mais lento, e Valtteri Bottas era 36 centésimos mais lento, metendo o seu carro entre os Ferrari. E Lewis Hamilton era meramente... quarto.
E na parte final, os Ferrari conseguiram quebrar os Mercedes, conseguindo as duas primeiras posições da grelha, com Sebastian Vettel a conseguir ser melhor do que Kimi Raikkonen por meros 53 centésimos, e relegando os Mercedes para a segunda fila, com Lewis Hamilton a ser um inédito quarto classificado, na frente de Daniel Ricciardo e o Williams de Felipe Massa. Max Verstappen era o sétimo, seguido pelo Renault de Nico Hulkenberg, e os Force India ficaram com a quinta fila, com Perez na frente de Ocon.
Agora com a qualificação definida, era a altura de dizer certas coisas. Sochi marca o final de uma era, onde vimos duas coisas: a primeira pole de um Ferrari em ano e meio - Singapura 2015 tinha sido a ùltima vez - e era também a primeira vez em oito anos e meio que estávamos a ver um monopólio Ferrarista na primeira fila, algo que não acontecia desde o GP de França de 2008, com Felipe Massa e... Kimi Raikkonen. Mas, sem querer, vimos algo que mais raro do que o Cometa Halley: como a Ferrari tem dois campeões do mundo, a única vez que vimos dois carros da Ferrari nessa situação fora no GP da Holanda... de 1952, com Nino Farina e Alberto Ascari.
E assim terminava a qualificação russa. Decerto que amanhã, tudo indica que os carros vermelhos irão dominar - e provavelmente, deixar muita gente de boca aberta - mas só indica que este ano, a Ferrari acertou no carro, e irá haver uma luta mais aberta pelo título mundial. De repente, parece que pode haver um fim ao domínio dos Flechas de Prata...
E claro, todos eles iriam usar pneus ultra-macios, pois o asfalto estava quente, a rondar os 40ºC de temperatura.
A qualificação começava com os Mercedes a quererem marcar os melhores tempos, tentando mostrar à Ferrari que ali, ainda mandavam. Valtteri Bottas foi o primeiro a fazer, com 1.34,177, com Hamilton a fazer 1.34,409. Vettel fazia uma marca um segundo mais lento, e pouco depois, Bottas melhorava com 1.34,041.
As coisas andavam assim até perto do final da Q1, quando Jolyon Palmer, que estava ameaçado de eliminação, tentou a sua sorte... mas exagerou. A batida foi forte nos muros de proteção e foram lançadas as bandeiras amarelas, mas isso não impediu de, por exemplo, Fernando Alonso conseguir passar para a Q2.
E quem não foi, para além de Vandoorne e Palmer? O Haas de Romain Grosjean e os Sauber de Pascal Wehrlein e Marcus Ericsson, que não se deram bem com o asfalto russo. Mas o alemão da Sauber se queixou de problemas no carro, logo, nem tudo foi culpa do carro, dos pneus ou da falta de jeito do piloto.
Na Q2, o jogo do gato e do rato continuava. Mercedes marcava tempos, com a Ferrari a fazer marcação... mas nem tanto. Sabiam que tinham carro e pneus, tanto que quando Kimi Raikkonen fez a sua primeira volta mais rápida, marcou 1.34,053, para depois o seu compatriota tirar 1.33,264, tirando um grande pedaço de tempo, como se aquela fosse a volta da pole. E Bottas era tão veloz e tão bom na qualificação, que Hamilton, quando foi a sua vez, ficou... quase meio segundo atrás. A mudança parecia ser real, dentro da Mercedes.
Vettel, claro, respondeu: 1.34,038, 15 centésimos mais veloz do que Bottas, e a pole provisória. E logo de imediato, foram para as boxes, dizendo a todos que mais tarde, poderiam fazer melhor.
No final da Q2, os carros da Toro Rosso, bem como o McLaren de Fernando Alonso, o Haas de Kavin Magnussen e o Williams de Lance Stroll foram os eliminados. Por outro lado, os Ferrari, que fizeram as voltas necessárias, a Mercedes, os Red Bull, os Force India, o Williams de Felipe Massa e o Renault de Nico Hulkenberg.
A parte final da qualificação em Sochi começou com os Mercedes logo na pista, tentando marcar tempo - e fazendo marcação à distância à Ferrari - mas o primeiro a marcar foi Kimi Raikkonen, com 1.33,253. Vettel faz 153 centésimos mais lento, e Valtteri Bottas era 36 centésimos mais lento, metendo o seu carro entre os Ferrari. E Lewis Hamilton era meramente... quarto.
E na parte final, os Ferrari conseguiram quebrar os Mercedes, conseguindo as duas primeiras posições da grelha, com Sebastian Vettel a conseguir ser melhor do que Kimi Raikkonen por meros 53 centésimos, e relegando os Mercedes para a segunda fila, com Lewis Hamilton a ser um inédito quarto classificado, na frente de Daniel Ricciardo e o Williams de Felipe Massa. Max Verstappen era o sétimo, seguido pelo Renault de Nico Hulkenberg, e os Force India ficaram com a quinta fila, com Perez na frente de Ocon.
Agora com a qualificação definida, era a altura de dizer certas coisas. Sochi marca o final de uma era, onde vimos duas coisas: a primeira pole de um Ferrari em ano e meio - Singapura 2015 tinha sido a ùltima vez - e era também a primeira vez em oito anos e meio que estávamos a ver um monopólio Ferrarista na primeira fila, algo que não acontecia desde o GP de França de 2008, com Felipe Massa e... Kimi Raikkonen. Mas, sem querer, vimos algo que mais raro do que o Cometa Halley: como a Ferrari tem dois campeões do mundo, a única vez que vimos dois carros da Ferrari nessa situação fora no GP da Holanda... de 1952, com Nino Farina e Alberto Ascari.
E assim terminava a qualificação russa. Decerto que amanhã, tudo indica que os carros vermelhos irão dominar - e provavelmente, deixar muita gente de boca aberta - mas só indica que este ano, a Ferrari acertou no carro, e irá haver uma luta mais aberta pelo título mundial. De repente, parece que pode haver um fim ao domínio dos Flechas de Prata...
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