Os rumores já vinham desde o inicio da semana, mas a Sauber confirmou hoje em Sochi que a Honda fornecerá motores a partir de 2018, terminando assim uma longa associação com a Ferrari, com quase vinte anos - com algumas interrupções pelo meio, quando recebeu a BMW entre 2006 e 2008, por exemplo.
No comunicado oficial da equipa, a Sauber dá as boas vindas à construtora japonesa e agradece à Ferrari pela longa colaboração que tiveram entre ambos, falando que a nova associação poderá abrir novos caminhos para o futuro próximo.
"No nosso 25º aniversário da nossa chegada à Formula 1, a equipa suíça está perto de iniciar outro marco na sua longa história no automobilismo. A Sauber dá as boas-vindas à Honda como novo parceiro tecnológico a partir de 2018. Esta aliança estratégia e tecnológica cria uma nova base para a equipa. Esta associação suíço-japonesa deixará, sem dúvidas, futuras oportunidades para a Sauber e a Honda, e supõe uma pedra angular em nosso futuro na Formula 1. A Sauber agradece a Ferrari por tantos anos de colaboração em que houve momentos bons e também difíceis”, comentou.
Para Monisha Kaltenborn, responsável máxima da Sauber, a nova aliança pode ser benéfica no futuro da equipa. “É uma grande honra para a Sauber poder trabalhar com a Honda nas próximas temporadas. Nossa renovação não chega apenas através de uma nova gestão, mas também agora com nossa nova associação tecnológica com a Honda. Marcamos outro ciclo nesta nova era dos motores que esperamos com grande entusiasmo e, claro, continuamos buscando novas oportunidades”.
Do lado da Honda, Katsuhide Moriyama, o diretor de comunicação da marca japonesa, afirmou que a união com a Sauber vai melhorar os trabalhos de desenvolvimento de um motor que precisa de ser competitivo, algo que ainda não conseguiu desde que voltou à Formula 1, em 2015.
"Além da associação com a McLaren, que começou em 2015, a Honda vai começar a fornecer unidades de potência à Sauber, que vai ser uma equipe-cliente a partir do ano que vem. Vai ser um novo desafio para a Honda na Formula 1. Para aproveitar ao máximo os benefícios de fornecer motores a duas equipes, vamos fortalecer os sistemas e as capacidades de nossas duas estruturas de desenvolvimento: a de Sakura e a de Milton Keynes”, disse o executivo.
“Vamos continuar a trabalhar no duro para que nossos fãs aproveitem vendo uma Honda dominante o mais breve possível”, concluiu.
Apesar dos detalhes do acordo não terem sido divulgados, fala-se que o facto da Honda pagar pelo desenvolvimento do seu motor na fábrica de Hinwill poderá ajudar muito às finanças da equipa suíça. Já do lado da Ferrari, a Scuderia fica agora apenas com a Haas como cliente dos seus motores, enquanto que a Renault continua a fornecer à Red Bull e Toro Rosso, e a Mercedes fornece à Force India e Williams.
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