Tim Parnell, antigo piloto e depois diretor de equipa nos anos 60 e 70 da Formula 1, morreu esta quarta-feira aos 84 anos. Ele era o filho de Reg Parnell, também piloto e dono da Reg Parnell Racing, uma das maiores equipas privadas dos anos 60, que acolheu pilotos como John Surtees e Chris Amon.
Parnell Jr. nasceu a 25 de junho de 1932 em Derby, e de uma certa maneira, sefguiu as pisadas do seu pai Reg, bem sucedido no automobilismo, primeiro como piloto, depois como diretor de equipa da Aston Martin, e depois, montando a sua equipa, com máquinas como Lotus, BRM e Lola. Reg começou a correr em 1957, num Cooper, e tentou a sua sorte dois anos depois, no GP da Grã-Bretanha num Cooper T45 de Formula 2, mas sem sucesso.
Dois anos depois, em 1961, voltou à ação num Lotus 18, nas corridas da Grã-Bretanha e Itália, onde o seu melhor resultado foi um décimo lugar em Monza, numa corrida marcada pelo acidente mortal de Volfgang Von Trips. Tentou de novo a sua sorte em 1963, no GP da Alemanha, num Lotus 18/21, mas não conseguiu qualificar-se. Qualquer tentativa de correr num futuro próximo terminou em janeiro de 1964, quando o seu pai sucumbiu a uma peritonite, aos 53 anos. Com isso, pegou na equipa do seu pai, a Reg Parnell Racing e tomou conta da equipa, que tinha nesse ano pilotos como Chris Amon, Mike Hailwood e Peter Revson, todos correndo em Lotus 25.
Nos anos seguintes, Parnell começou a estabelecer uma maior ligação à BRM, e alinhando com pilotos como Mike Spence, Piers Courage e Pedro Rodriguez, entre outros. Com Courage, ele conseguiu um quarto lugar no GP de Itália de 1968, o melhor resultado de sempre da equipa. Esta existiu até ao GP do Mónaco de 1969, altura em que a BRM o pediu para tomar conta da equipa principal, que passava dificuldades. Reorganizou a equipa e a partir de 1970, esta teve um reavivar, que iria durar por mais três temporadas.
Por essa altura, a BRM tinha construido um motor V12, mas não tinha um chassis adequado. O modelo P153 por Tony Southgate, tornou-se competitivo nas mãos de Pedro Rodriguez, dando à marca a vitória no GP da Bélgica, a primeira vitória da marca desde 1966. No ano seguinte, com Jo Siffert e Peter Gethin ao volante, conseguiu duas vitórias, uma para Siffert na Áustria, e outra "in extremis" em Itália, com Gethin ao volante. Acabaria essa temporada com 36 pontos e o segundo posto no Mundial de Construtores.
Em 1972, com a Marlboro a patrocinar, chegou a ter cinco pilotos. O principal era Jean-Pierre Beltoise, ex-Matra, enquanto que os secundários eram do calibre de Helmut Marko ou Reine Wissell. Foi aí que conseguiu nova vitória, com Beltoise, nas ruas do Mónaco, debaixo de chuva. Iria ser a última da equipa. Em 1973, havia ambições com Clay Regazzoni, ex-Ferrari, mas aparte uma pole-position na Argentina, não houve mais nada de especial, aparte as boas prestações de um jovem austriaco chamado Niki Lauda. No final do ano, ambos - Reggazzoni e Lauda - foram para a Ferrari e com Beltoise ao volante, conseguiria o último resultado de relevo, com o segundo lugar no GP da África do Sul, com o novo P201.
No final de 1974, a Owen Racing decide retirar o seu apoio, e Parnell segue a sua vida, como "manager" de pistas como Mallory Park, Oulton Park, Brands Hatch e Silverstone, entre outros. Depois, tornou-se membro da direção do British Racing Drivers Club, que toma conta do circuito de Silverstone, e após se reformar, passou os seus últimos dias na sua Derbyshire natal.
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