O segundo dia do Rali da Argentina mostrou que Elfyn Evans continua a liderar, mas um toque na última especial fez perigar a sua liderança a favor de Thierry Neuville, que parece ser o maior beneficiário dos azares do piloto britânico da Ford. Primeiro, um furo, e depois o tal toque, faz agora com que este rali esteja mergulhado na incerteza.
Depois de Thierry Neuville ter conseguido ganhar a última classificativa do dia, máquinas e pilotos preparavam-se para o que aí vinha neste sábado, com mais seis especiais. E o dia começou como acabou: Elfyn Evans voltaria a vencer a décima especial, a primeira passagem por Tanti - Villa Bustos, com 0,8 décimos de vantagem sobre Thierry Neuville. Kris Meeke, agora em "Rally2", voltava, sendo o terceiro na especial. Em contraste, Craig Breen atrasava-se, perdendo mais seis minutos.
Meeke atacou na especial seguinte, a primeira passagem por Los Gigantes - Cantera El Condor, conseguindo 0,6 segundos de vantagem sobre Thierry Neuville, e 1,5 segundos sobre Ott Tanak. Elfyn Evans perdia 6,2 segundos, mas a vantagem seguia estável, na ordem dos 55,9 segundos.
Mas na 12ª especial... contrariedade para Evans. Um furo o fez perder 11,8 segundos para Neuville, ficando em oitavo lugar na classificativa, mas a controlar tudo. Outro que se atrasava na primeira passagem por Boca del Arroyo – Bajo del Pungo era Juho Hanninen, que perdia mais de um minuto e oito segundos, caindo para o nono posto, em troca com Lorenzo Bertelli.
Na parte da tarde, na segunda passagem pelas classificativas da manhã, parecia que Evans tinha tudo controlado. Apesar de na classificativa numero 13, Evans fora apenas quarto - Ott Tanak venceu - ele tinha ficado na frente de Neuville por 1,4 segundos. E foi com sorte, porque a caminho do parque de assistência, o belga quebrou a caixa de velocidades...
Na segunda passagem por Los Gigantes - Cantera El Condor, Tanak e Neuville emparatam no topo da tabela de tempos, e melhor, tinham conseguido tirar 15, 1 segundos a Evans, que parecia ter ido um pouco mais lento do que a concorrência. Do lado da Citroen, Kris Meeke capotou várias vezes e voltou a abandonar. E Neuville aproveitou ainda mais a ocasião para na 15ª especial - a segunda passagem por Boca del Arroyo - Bajo del Pungo - para vencer de novo, a aproveitar o toque que Evans deu numa pedra, que o fez arrancar o para-choque do seu Ford. Por causa disso, a vantagem é agora de 11,5 segundos entre os dois primeiros, e a ideia de ter cinco vencedores diferentes em cinco ralis parece estar em risco...
Quem bateu forte e atrasou-se foi Mads Ostberg, que caiu para o 11º posto da geral, beneficiando Juho Hanninen e Dani Sordo que recuperaram dois lugares cada um.
Depois dos dois primeiros, Ott Tanak é agora o terceiro, a 26,8 segundos do líder, com Sebastien Ogier a ser o quarto, a 49,9 segundos, os únicos que estão abaixo do minuto. Jari-Matti Latvala é um distante quinto, a um minuto e 24 segundos, mas muito mais distante de Hayden Paddon, o sexto, a quatro minutos e meio. Hanninen e o sétimo, a nove minutos e 34 segundos, na frente de Lorenzo Bertelli. Dani Sordo é o nono, na frente de Pontus Tidemand, o melhor dos WRC2.
O Rali da Argentina termina amanhã, com a realização das três últimas especiais.
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