As noticias vinda da Liberty Media, que pretende arranjar uma segunda corrida em solo americano fizeram com que existisse muitas noticias sobre possíveis localizações, desde uma corrida em Nova Iorque até o regresso à Indianápolis, passando até por um possível regresso de Long Beach à competição, eles que receberam a Formula 1 entre 1976 e 1983, altura em que a organização rompeu com Bernie Ecclestone, para não pagar mais dinheiro para os ter. Assim sendo, desde 1984 que recebem a CART (agora IndyCar Series), fazendo da pista um dos clássicos automobilísticos americanos.
Contudo, Zak Brown, o dono da McLaren, afirmou recentemente numa entrevista à Motorsport.com que a ideia de receber a Formula 1 naquele circuito é inviável por causa das imensas exigências que ela pretende para ter um circuito em condições, desde escapatórias maiors das que existem agora, até ter um complexo de boxes, que encarecia imenso as obras e faria com que a corrida fosse financeiramente inviável.
"A corrida de Long Beach é, obviamente, um evento fantástico e tem uma história maravilhosa com 43 anos, inicialmente com a Fórmula 1, mas mais recentemente com a IndyCar", começou por dizer Brown à motorsport.com.
"Contudo, a economia da Fórmula 1 exige um forte subsídio do governo. E por aquilo que eu entendo, não acredito que Long Beach esteja preparada para pagar esse tipo de taxas", continuou.
"A outra parte muito importante é que para sediar uma corrida de Formula 1, a pista precisaria de ter aprovação de Grau 1 por parte da FIA, e isso precisaria de ter uma pista mais longa, com muito mais escapatórias, e um pitlane substancialmente maior. Além disso, todo o circuito está sob a jurisdição da Comissão Costeira da Califórnia para que qualquer melhoria no circuito, como o complexo "pitlane" necessário estaria sujeito à sua revisão e aprovação".
"Assim, mesmo do ponto de vista da construção, o montante de investimento que seria necessário seria de dezenas de milhões de dólares. Além disso, como eu disse, a taxa de direitos para a Fórmula 1 é infinitamente maior do que as exigências da IndyCar",concluiu.
Para além disso, deu o exemplo do Circuit of The Americas, em Austin, como as coisas são feitas na Formula 1, com subsídios vindos de entidades locais e estaduais para manter a prova no calendário, pagando cerca de 250 milhões de dólares ao longo de dez anos, desde 2013, altura em que acolheu o GP dos Estados Unidos.
"Se você olhar para cada corrida de Fórmula 1 - Circuito das Américas incluído - que recebe um subsídio do governo, eles ainda estão financeiramente deficitários. Então eu não vejo qualquer modelo econômico que viabilizaria [um regresso] de Long Beach à Formula 1.
"Isso não é uma coisa má para a Fórmula 1 ou para Long Beach. Eles são apenas incompatíveis [no sentido de] tentar encaixar uma cavilha quadrada num buraco redondo", concluiu.
Sonho um dia ver a F1 em Road América, Road Atlanta ou Watkins Glen...
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