Depois da Formula E ter feito uma corrida num circuito elaborado nas ruas do Principado, usando uma parte do traçado que a Formula 1 costuma usar, alguns pilotos da categoria acham que os organizadores deveriam usar o mesmo circuito da próxima vez que o visitarem. Com um acordo entre os organizadores e o governo local para que a pista seja usada de dois em dois anos, para alternar com a corrida de clássicos, Sebastien Buemi e Lucas di Grassi acham que, caso a Formula E volte ao Mónaco em 2019, deveriam usar a pista na sua totalidade, incluindo passagens pelo gancho do Loews ou o Túnel, entre outros.
"É muito importante usar a pista de Fórmula 1", disse Buemi à Autosport britânica. "Ele definitivamente mostra o desenvolvimento desta tecnologia. Eu acho que seria uma grande coisa para o campeonato, a tecnologia e os pilotos seria muito melhor. Há realmente um incentivo para voltarmos [que seria correr] no grande circuito", continuou.
Algo que Lucas di Grassi corroborou:
"As pessoas ficam muito confusas quando falamos de energia, confundem o conceito com a potência", disse di Grassi.
"O motor está produzindo energia constante para nós. Não importa se você está indo para cima ou para baixo, ele vai produzir 170kW [no modo de corrida]. O consumo de energia é constante, a única diferença é quanto mais você sobe, você vai mais lento", continuou.
"[O circuito] é curto e apertado para a Formula 1, mas para nós a pista é perfeita. Ele tem uma longa reta ao longo da costa e é grande o suficiente para fazermos ultrapassagens. É melhor [a Formula E] ter uma boa corrida [nesse circuito] do que para a Formula 1", concluiu.
Caso aconteça, seria a primeira vez que a Formula E usaria um circuito também usado pela categoria máxima do automobilismo. Contudo, existem os criticos que acham que os carros de Formula E são ainda muito lentos e pouca autonomia, comparados com a outra categoria. Algo que para ambos os pilotos, é uma injusta comparação.
"Você não pode comparar um carro de corrida elétrico com um carro normal", disse Buemi. "Estamos apenas no começo. A Fórmula 1 existe há mais de 60 anos, quem sabe onde estará o carro elétrico daqui a 60 anos?", contou o suíço.
Di Grassi acrescentou: "O primeiro ano não foi melhor para compará-lo. Agora, as pessoas sabem que é uma parte complementar do automobilismo. É como comparar WRC e Formula 1, são animais completamente diferentes", concluiu.
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