As fotos da despedida da Porsche, no fim de semana das Seis Horas do Bahrein. Depois de quatro temporadas de bons serviços, com três vitórias no Mundial de Endurance e outras tantas nas 24 Horas de Le Mans, a marca de Estugarda decidiu abandonar a competição para se concentrar na Formula E, onde pretendem entrar na temporada 2018-19.
Foi um período muito bom para a marca alemã, que veio escrever mais páginas de ouro numa modalidade que considera como "sua", apesar da sua entrada tardia, nos anos 60. Contudo, chegou a tempo de nos dar máquinas como o 917, o 935, o 956 e o 962, e esses carros fizeram com que a marca alemã passasse a ser a mais vencedora em La Sarthe, com 19 triunfos.
O 919 Hybrid foi uma máquina marcante. Chegou numa altura em que tínhamos a Audi e a Toyota a andar na classe LMP1, e tinha coincidido com a chegada do Mundial de Endurance, uma combinação entre a FIA e a ACO, pela primeira vez desde 1992. Os fãs esperavam ver regressar os tempos da década de 80, os Sport-Protótipos do Grupo C, e de uma certa maneira, foi assim, mesmo com a passagem da Nissan, com o seu fracassado modelo de motor à frente.
Contudo, como em tudo, as marcas chegam ali com um objetivo: vencer ao domingo para vender na segunda-feira. E alcançados os objetivos, a consequência é sair enquanto está a ganhar, para novos desafios. Claro, os fãs não entendem isso, e agora, o grande desafio chama-se electricidade. Os carros elétricos vieram para ficar, os governos pressionam as industrias para irem "verde" e a cada dia que passa, os telhados tem cada vez mais painéis solares e a nossa paisagem tem cada vez mais turbinas eólicas, mesmo no mar. E pasra além disso, coisas como o Dieselgate, onde se descobriu que as construtoras automóveis andavam a aldrabar os governos com as emissões poluentes dos seus carros a Diesel, fizeram acelerar as coisas para aquela direção.
Assim sendo, em 2018, irão para a Formula E, acompanhando a Mercedes, Nissan e muitas outras marcas que estão a fazer propulsores para esta competição. Mas também tem olhos para a Formula 1. Com os novos regulamentos para 2021 a serem discutidos neste momento, a marca já disse que poderia estar interessada em fornecer motores, mas já quem ache (e deseje) que deveriam estar na categoria máxima do automobilismo como equipa.
Mas por agora, a marca agradece a colaboração de todos em mais um projeto vitorioso, e os carros farão parte do museu da marca, em Estugarda. Novos capítulos se seguirão.
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