... mas acabou por aterrar num carro de Formula 1, com um contrato para 2018 e tudo. A história é longa, mas vale a pena ser contada. É que o piloto neozelandês, que este ano correu na Endurance ao serviço da Porsche, e que venceu as 24 Horas de Le Mans este ano ao lado do seu compatriota Earl Bamber - juntando-se ambos a Bruce McLaren e Chris Amon na lista dos neozelandeses vencedores em La Sarthe - esteve muito perto de ser piloto da Chip Ganassi na temporada de 2018 da IndyCar. Só que no último momento, Franz Tost desviou-o para a Formula 1, mas para lá chegar... foi duro e teve de compensar.
A história explica-se da seguinte forma: quando a Porsche decidiu retirar-se da Endurance e meter os 919 Hybrid no museu para se dedicar ao projeto da Formula E, Brendon Hartley fez-se à vida. Aos 27 anos de idade, provavelmente via as portas da Formula 1 praticamente fechadas, e assim decidiu-se aventurar-se em terras americanas, onde aterrou um belo contrato na Chip Ganassi. Por quanto tempo? Duas temporadas, pelo menos. O contrato estava assinado em meados de agosto, mas um mês depois, entrou em cena Tost, que foi bater à porta de Ganassi para que o libertasse do seu contrato, o que indicava que ele não o o queria para um "one-off", mas sim para ter uma dupla totalmente nova em 2018, pelo menos. É que Hartley já foi piloto da fornada da Red Bull Junior Team em 2009-10, sem sucesso.
Contudo, sete anos depois, Tost era só elogios para o neozeandês. Pelo menos foi o que disse a Will Buxton no fim de semana do GP do México.
"Você deve ver do lado de fora, porque ele ganhou as 24 Horas de Le Mans e o Mundial de LMP1", disse ele. "Isso significa que os resultados estão lá. Brendon é um piloto altamente qualificado, apaixonado pelo automobilismo e estou muito feliz por ele estar de volta", continuou.
"Posso dizer-lhe que, se lhe dermos um carro competitivo, ele estará lá e ele também vai lutar pelo sucesso na Fórmula 1. Espero que, especialmente no próximo ano, vamos reunir um pacote competitivo que ele também possa lutar por vitórias e boas posições", concluiu, referindo o contrato com a Honda que a marca terá em 2018.
Contudo, segundo conta a Racer, as negociações foram longas, mais de um mês pelo menos. Ganassi não queria largar o contrato de Hartley, pelo menos não sem qualquer compensação. Depois de o libertar - o lugar vai ser ocupado pelo jovem anglo-árabe Ed Jones - a compensação poderá vir em forma de patrocinio, algo que já não se vê desde 2006, com o regresso da Red Bull à IndyCar. É que a Chip Ganassi, que perdeu no final de 2016 o seu famoso apoio da Target, andava à procura de algo tão compensador como o patrocínio anterior.
E claro, para Hartley, deve ter sido um verão numa roda viva. Da Endurance para a Formula 1, com a chance de ter corrido nas 500 Milhas... é muito.
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