Passou ontem 51 anos sobre a estreia de Grand Prix, provavelmente o melhor filme que Hollywood já fez (até agora) sobre Formula 1 e automobilismo em geral. Rendeu três Óscares e foi um dos melhores trabalhos que John Frankenheimer fez na sua carreira. Mais tarde, em 1998, fará um filme semelhante, "Ronin", onde as sequências de perseguição automobilística são das melhores da história do cinema, paralelas aos de "Bullit", por exemplo.
Nesta imagem tirada num hotel na zona de Spa-Francochamps, duas das pessoas são atores e o resto é piloto. Da esquerda para a direita, reconhece-se Graham Hill, Jochen Rindt, Guy Ligier, Dan Gurney, Bruce McLaren (de perfil, a ler um jornal), Jo Schlesser (a jogar paciência) e Jo Siffert. E atrás está Mike Spence. O piloto nas costas de Hill é provável que seja Dennis Hulme.
O que liga toda esta gente é que correram em 1966. Mas o mais interessante é que daqui, vão sair quatro construtores: Gurney (Eagle), Hill, Ligier e McLaren. E desses, três vencerão corridas, dois deles com o seu fundador ao volante: Gurney e McLaren, e ambos na mesma pista, Spa-Francochamps.
Mas o mais trágico é que em menos de cinco anos, cinco destes pilotos terão uma morte violenta na pista. Spence e Schlesser morrerão em 1968, McLaren e Rindt em 1970 e Siffert no ano seguinte. Graham Hill morrerá num desastre de avião em 1975, quando Guy Ligier já se preparava para lançar a sua equipa de Formula 1. E deste conjunto todo, só Gurney está vivo nos nossos dias.
E os atores? James Gardner (Pete Aron) e António Sabato (Nino Barlini). E dessa parte, o italiano também é o único que ainda vive. Como o tempo passa.
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