sábado, 20 de janeiro de 2018

Dakar 2018 - Última etapa, Córdoba-Córdoba

E acabou o Dakar 2018. Nos caminhos à volta de Córdoba, máquinas e pilotos preocuparam-se mais em chegar à meta, depois de duas semanas bem exaustivas nos desertos de Peru, Bolivia e Argentina, até receberem a devida recompensa.

Carlos Sainz foi o melhor neste rali, levando a maias uma vitória da Peugeot, no ano em que, provavelmente, irão abandonar os "rally-raids". Para o piloto espanhol, repetiu a vitória que tinha alcançado em 2010, e claro, no final estava feliz com o evento. E curiosamente, lembrou-se da sua carreira no WRC por causa de uma coincidência: foi em Córdoba que venceu ali pela última vez.

Estou muito feliz, é uma recompensa merecida. Que alegria tão grande. Como coincidência, venci aqui o meu último rali do WRC, nestes mesmos caminhos, em 2004. Córdoba e a Argentina deram-me mais uma grande alegria. Tenho abandonado o Dakar nestes últimos anos, mas dei sempre o meu máximo. Este ano, o Dakar foi duríssimo. Agora vou desfrutar da vitória e só depois penso no futuro. A Peugeot vai sair e eu vou ver o que decido com a família”, disse o espanhol.

Nasser al Attiyah, segundo classificado na edição deste ano, afirmou estar mais aliviado com o facto de ter chegado ao fim, a 43 aminutos do vencedor, mas afirmou que este foi um Dakar bem duro. E falou disso no final:

Este Dakar foi uma loucura, mas é assim que gostamos, quando os resultados mudam todos os dias. Estou muito contente por terminar. Durante muito tempo pensámos que íamos terminar fora do pódio, por isso, terminar em segundo não está mal, ainda para mais com todos os problemas que tivemos durante a primeira semana. Vou-me esforçar ao máximo para no ano que vem podermos ganhar”.
 
Para esta última etapa, os organizadores decidiram mandar para a pista os concorrentes na ordem inversa da etapa anterior, e o vencedor foi o Toyota do sul-africano Giniel de Villiers, a sua primeira desde 2014. O piloto da Toyota bateu Stephane Peterhansel por 40 segundos, Nasser Al-Attiyah por 41 e deixou o local Lucio Álvarez a 43.

Com Sainz como vencedor e Nasser no segundo posto, a vitória do piloto sul africano com Córdoba assegura também o lugar mais baixo do pódio para ele, o seu oitavo no Dakar, ele que é o vencedor da edição de 2009, nessa vez com a Volkswagen. Stephane Petersonsel acabou nob quarto posto da geral, numa edição que não foi muito boa apra ele, devido aos seus imensos problemas com o seu Peugeot.

Nas motos, Kevin Benavides deu o seu melhor para apanhar Matthias Walkner, mas apesar de ter vencido a etapa, com 54 segundos de avanço sobree Toby Price e dois minutos e 49 sobre Antoine Méo, o piloto austríaco da KTM acabou por ser o grande vencedor, batendo-o na geral por cinco minutos e 38 segundos.

É completamente louco. Meu objectivo era alcançar um lugar no pódio, mas vencer é um sonho tonado realidade. A luta pela vitória foi sempre muito apertada ao longo de toda a prova e a 10ª etapa acabou por ser decisiva Foi muito apertado, e o 10º estágio foi chave neste rali. É preciso ter sorte, umas vezes temos e outras não . Desta vez a sorte esteve do meu lado”, afirmou.

Walkner também teve a sorte no seu lado: sempre constante, nuinca teve grandes avarias mecânicas e sempre fez as coisas bem feitas, aliado à sorte que muitos acabaram por não ter, especialmente na primeira semana.

Acabou o Dakar de 2018, ano que vêm haverá mais.

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