A poucas horas do inicio do WRC, em Monte Carlo, os pilotos falaram sobre os objetivos da temporada 2018, numa competição que promete ser bem mais equilibrada do que nos anos anteriores. Quase todos eles tem algo em comum: um misto de fascinio e terror por Monte Carlo e pelas suas classificativas de alcatrão disputadas debaixo de neve e gelo.
Quando todos partirem para a competição, eles estarão de olho em Sebastien Ogier, considerado como um dos "reis" de Monte Carlo, porque ele vence sem cessar desde 2014 e em 2018, será o favorito para um eventual quarto título consecutivo, a bordo do seu Ford Fiesta WRC.
“Começamos a nova temporada com um evento que é sempre muito importante para mim – o Rali de Monte Carlo. É o meu evento caseiro, vou dar sempre o meu melhor e lutar por bons resultados. O ano passado começámos algo especial aqui e quero tentar o mesmo em 2018. Vamos ter de trabalhar muito porque vai ser uma competição muito apertada", começou por afirmar.
Ogier fala da concorrência com respeito: "Todas as equipas têm um carro vencedor e, pelo menos, um piloto vencedor, por isso temos de estar muito atentos desde o início. Vai ser um início muito desafiante. Nós, no último teste, enfrentámos condições muito extremas, desde começar com asfalto seco e terminar com gelo e neve, no mesmo troço. Não é fácil, mas é o que torna uma vitória aqui tão especial. O rali começa com o que será talvez o maior desafio, Sisteron, no sentido inverso, e no escuro. É sempre um desafio e este ano começa logo na primeira especial”, concluiu o francês, agora pentacampeão do mundo.
Mas há outros pilotos pelo qual Monte Carlo significa azar. Por exemplo, para Thierry Neuville, 2018 terá de ser uma chance de redenção para aquilo que fizeram no ano passado, onde lideravam o rali por quase um minuto quando na 13ª especial, um despiste o colocou fora da competição.
“A emoção para esta temporada WRC está no auge. O evento de lançamento decorrido em Birmingham colocou-nos a todos num estado de espírito positivo e prontos para atacar este ano. O Rali de Monte Carlo é muito especial, na qual o mais pequeno erro pode representar o final do rali. Vimos isso mesmo no ano passado, na qual lideramos de forma confortável o rali até ao penúltimo dia, onde um pequeno erro colocou-nos de fora de uma maneira frustrante. O Rali de Monte Carlo representa uma forma difícil de iniciar o ano. Pretendemos ter em consideração todas as lições aprendidas nas nossas participações nas recentes edições com vista a não repetir os mesmos erros e a obter ainda melhores resultados”, disse.
No lado da Toyota, numa temporada que poderá ser de ascensão para eles, o grande desejo é serewm competitivos e lutarem pela vitória, não só aqui, como no campeonato. Pelo menos, é o que diz Jari-Matti Latvala, nas vésperas deste rali.
“Aprendemos muito o ano passado, no nosso primeiro ano como equipa. Descobrimos onde precisamos de melhorar e estamos prontos para o nosso segundo ano e penso que seremos muito competitivos. Temos muito bons pilotos, todos nós vencemos em 2017 e todos nós queremos repetir isso em 2018, o que só pode ser bom para a equipa. Já conseguimos um bom resultado em Monte Carlo, na estreia do Yaris WRC, o ano passado, terminando no segundo lugar, o que é o meu melhor resultado aqui. É muito importante fazer um rali limpo, mas também queremos ter uma boa velocidade”, afirmou o finlandês.
Na Citroen, embora pareçam estar um pouco fora desta luta, os pilotos não pretendem baixar os braços neste duelo ao sol para ver quem será o melhor deles todos. E o irlandês Craig Breen está confiante de que alcançará um bom resultado.
"Monte Carlo é um rali que adoro, um desafio único que nenhum outro rali no calendário oferece. Até ao ano passado, ainda não tinha estado suficientemente confiante nestas condições escorregadias e de constante mudança, mas, nesta edição de 2017, ainda com o carro anterior, surpreendemo-nos a nós mesmos. Com um extra de potência, poderia apontar a um lugar no pódio, pelo que isso leva-me a ter mais confiança este ano: quero acreditar que posso fazer o mesmo, mesmo que não conte com a mesma experiência de outros. À luz das conquistas de 2017, abordamos esta prova bem mais preparados, com um C3 WRC ainda mais versátil”, declarou.
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