Como seria de esperar, graças à foto de ontem, o novo McLaren MCL33 é um carro "Papaya Orange" com tons de azul, recuperando as suas origens, no final da década de 60. Com o novo motor Renault atrás do cockpit, espera que Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne possam ter melhores resultados daqueles que tiveram nas últimas temporadas com o motor Honda.
A equipa tem planeado a introdução de um pacote aerodinâmico novo para a primeira corrida e vai aproveitar os testes coletivos para testar a base do chassis.
Fernando Alonso, que já acelerou o novo carro em Navarra, ficou com boa impressão do novo chassis. “Os bons tempos estão chegando”, afirmou o bicampeão em entrevista à emissora britânica Sky Sports.
“Senti-me muito bem. Sempre é um momento especial quando você pilota um carro pela primeira vez. Tudo parece bem. Estou ansioso por fazer uma volta de pé a fundo, mas, até agora, tudo bem”, continuou.
“Acho que vão ser dez voltas para mim e dez voltas para Stoffel Vandoorne. Andamos atrás de outros carros e das câmeras, gravamos, de modo que não andamos a toda velocidade. É bom para os patrocinadores ter imagens e também para nós, para termos as primeiras impressões no assento, com os pedais, para ficarmos mais à vontade e, talvez, para alguns ajustes no chassis. A parte boa disso é que é emocionante. Depois de meses trabalhando duro na fábrica, finalmente o dia chegou e o motor funciona”, concluiu.
Alonso ainda teve tempo para dizer que a nova temporada vai ser crucial para a equipa, agora que têm o motor Renault, do qual espera colocar a equipa nos lugares da frente.
“É um momento importante para a McLaren. Depois de alguns anos sem brigar pelo título, é hora de voltar para essa posição. Agora, nos testes de inverno, precisamos garantir que vamos melhorar esse pacote, mas, até agora, estou muito feliz e muito otimista. Acho que a equipe fez um trabalho incrível nos últimos meses”, começou por dizer.
“Temos muito trabalho duro a fazer agora porque, com a unidade de potência da Renault, nossa maior mudança neste ano em relação à Honda, nós tivemos de fazer algumas mudanças no carro, então isso comprometeu a traseira do carro. Então, primeiramente, precisamos colocar o carro na pista. Precisamos testá-lo, precisamos garantir que vamos melhorar o pacote e depois vamos ver o quão rápido ele é”, concluiu.
Eric Boullier, chefe da equipa, enalteceu o trabalho de todos no processo de concepção da nova máquina para 2018, apesar de afirmar que tiveram pouco tempo para acomodar o novo motor francês no chassis britânico:
”Os departamentos de design, engenharia e aerodinâmica fizeram um trabalho incrível, entregando um novo carro com uma nova unidade motriz num período de tempo extremamente curto. Nunca escolhemos o caminho mais fácil, e o resultado é um carro limpo e bem resolvido. Dito isto, não temos ilusões de que será difícil acabar com a hegemonia na frente, e que o meio da tabela estará cheio de equipas experientes, com muitos para provar”, começou por afirmar o francês.
“Somos humildes com o desafio que temos pela frente, mas sentimos que nos preparamos bem, temos um pacote sólido que podemos explorar à medida que a época avança, e temos dois excelentes pilotos que farão a diferença nas corridas”, continuou.
“Existem duas famílias de motores, o conceito Mercedes/Honda, com o compressor na frente do motor, a turbina na parte de trás, o MGU-H no meio do bloco em “V” e o conceito Ferrari/Renault, onde o turbo está na parte de trás do motor, e o MGU-H sai para a frente no veículo“, explicou Tim Goss, diretor técnico da equipa.
“A vantagem do layout da Renault significa que podemos colocar o motor um pouco mais para a frente, mas temos o compressor na parte traseira, o que leva a uma colocação os tubos de saída sem afetar a aerodinâmica. Tivemos que redesenhar a parte de trás do chassis, a caixa da caixa de velocidades, a suspensão traseira e o sistema de refrigeração. Foram duas semanas de intenso esforço mas era algo para o qual estávamos preparados, porque sabíamos que isso poderia acontecer, e é incrível o que as pessoas fizeram em tão curto espaço de tempo”, concluiu Goss.
O carro já saiu para o "shakedown" no autódromo de Navarra, para ver se tudo está pronto para os testes coletivos, que vão começar no dia 26, em Barcelona.
"o motor funciona” foi o comentário mais aguardado da parte de Alonso.
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