O teste do "Windscreen" que aconteceu no final da semana passada em Phoenix, foi atentamente seguido pela FIA, que busca saber se o sistema é viável nos monolugares, e poderá ser uma alternativa ao Halo, que vai entrar nos carros de Formula 1 e nas categorias de acesso a ela esta temporada. Quem o diz é a revista americana Racer, e esta falou com Laurent Mekies, o delegado de segurança da entidade máxima do automobilismo.
“É claro que vimos [os testes com o Windscreen em Phoenix]. No que respeita à segurança trabalhamos em conjunto com todos os outros envolvidos no automobilismo. Quatro vezes por ano durante o nosso grupo de pesquisa reunimo-nos com todas as outras principais figuras da pesquisa de segurança. Portanto encontramo-nos com a IndyCar, com a NASCAR, com os V8 Supercars da Austrália. Assim, estamos completamente cientes do que cada um está a fazer”, começou por afirmar.
Mekies acrescentou: “O intercâmbio funciona, penso que é muito claro agora quais são as vantagens e desvantagens das soluções. É muito bom que a IndyCar esteja a trabalhar para tentar desenvolver soluções e talvez um dia isso possa complementar o trabalho que estamos a fazer. Na verdade, muito em breve vamos reunir-nos com eles, em poucas semanas. É uma comunidade pequena e comunicamos regularmente”.
Contudo, Mekies apressou a afirmar que o sistema windscreen é diferente do Halo, e ambos tem proteções totalmente distintos um do outro.
"Contra o que te estás a tentar proteger? Não há verdade absoluta nisso, ninguém está errado ou certo. Podes escolher aquilo do que te tentas proteger e depois tens que aceitar que se acontecer algo mais não ajudará, ou não tanto como necessário. Iremos falar com eles para ver que aspectos eles tentaram cumprir em termos de nível de protecção. Talvez se lembrem que nós mesmos examinámos diferentes níveis de protecção. O shield que experimentámos no ano passado em Silverstone tinha um nível de protecção ligeiramente reduzido, por isso é questão de encontrar um compromisso”, concluiu.
Entretanto, Jeff Horton, o engenheiro-chefe da IndyCar, elogiou o teste, dizendo que correu melhor do que o esperado. "Ele [Scott Dixon] falou que não houve nenhum grande problema", disse, afirmando que o teste até "superou expectativas".
Contudo, Horton referiu que este é um protótipo, pois há problemas que tem de ser resolvidos, como o aquecimento do cockpit, algo do qual disse que já tinha antecipado tal coisa.
"Antecipamos isso. Pode ficar muito quente. Entendemos isso a partir dos estudos que fizemos, e também entendemos que pode ocorrer certa turbulência com o vento em pistas mais rápidas, como Indianápolis, porque não há ar na parte da frente do capacete. Então talvez tenhamos que injetar algum ar no cokpit para resolver este problema", afirmou.
"É um protótipo, ainda não foi criado o molde final. Para isso, precisávamos colocar esta versão em teste. Temos dois protótipos. Os problemas serão resolvidos na versão final", concluiu.
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