Nova temporada, velho local: o GP da austrália, em Melbourne, era o palco da prova de abertura da temporada desde 1996 e aparentemente, pouco iria mudar, pois era um local onde os pilotos e as equipas gostavam de lá estar, pelo ambiente envolvente.
Nesta nova temporada, muitas coisas iriam aparecer por aqui pela primeira vez. Uma nova pontuação iria estrear-se - a primeira grande modificação desde 1960 - as sextas-feiras passariam a ser dedicadas aos treinos livres, com os pilotos de teste a poderem testar os carros em busca de soluções para as equipas usarem no fim de semana, e a qualificação era agora decidida em apenas uma volta, em ordem decrescente, para aumentar a emoção. Tudo isto para evitar um novo domínio avassalador da Ferrari, como tinha acontecido em 2002.
No final das voltas de qualificação, a Ferrari monopolizou a primeira fila da grelha com Michael Schumacher a ser melhor que Rubens Barrichello, enquanto que na segunda ficaram o Williams-BMW de Juan Pablo Montoya e o surpreendente Sauber-Petronas de Heinz-Harald Frentzen. Na terceira estavam o Toyota de Olivier Panis e o BAR-Honda de Jacques Villeneuve, na quarta o segundo Sauber de Nick Heidfeld e o segundo BAR-Honda de Jenson Button, enquanto que a fechar o "top ten" ficou o segundo Williams de Ralf Schumacher e o Renault de Fernando Alonso.
Uma hora e meia antes da corrida, tinha chovido na pista e os pilotos queriam saber qure tipo de pneus teriam de usar no momento da largada, mas quando esse momento chegou, a pista não estava suficientemente seca para que todos usassem os slicks. Muitos usaram intermédios, mas não iriam ser eficazes. Kimi Raikkonen, por exemplo, no final da volta de formação acabou por mudar de pneus e largar das boxes.
Quando as luzes se apagaram, Barrichello foi para a frente de Schumacher, mas depois verificou-se que o piloto brasileiro tinha feito falsa partida e teve de cumprir uma penalização. De qualquer forma, no final da primeira volta. Schumacher liderava a corrida, com Montoya a ser terceiro, na frente de Frentzen e Villeneuve.
Contudo, quando Barrichello saiu pdas boxes depois de cumprir a sua penalização, na volta cinco, os seus pneus escorregaram ainda numa parte molhada e o carro acabou no muro, desistindo no imediato. A seguir, na volta sete, Ralph Firman também desistia, vítima de despiste, numa altura em que já estava nos pontos com o seu Jordan. Na volta a seguir, Cristiano da Matta fez um pião no mesmo lugar onde Firman tinha batido e o Safety Car não teve outra chance senão entrar na pista.
O Safety Car ficou por lá por três voltas até a corrida voltar ao seu ritmo normal. Contudo, na volta 19, Mark Webber sofre uma quebra na sua suspensão e deixa o carro num lugar pouco confortável. Foi mais do que suficiente para trazer de volta o Safety Car por duas voltas, regressando às boxes na volta 21.
Por essa altura, Montoya era agora o líder, com Raikkonen e Michael Schumacher atrás. Passada a fase dos reabastecimentos, Raikkonen era agora o líder, mas ele entrou em excesso de velocidade nas boxes e acabou por ser penalizado por isso. O finlandês caiu para o terceiro posto, e sentiu Schumacher a aproximar-se.
Ambos andaram a lutar pelo posto, com o jovem piloto a defender-se até de forma musculada, forçando o alemão a ir para a relva e danificando um defletor. Apesar disso não ter tido grandes consequências em termos de performance, foi mais do que suficiente para ficar fora do pódio pela primeira vez... em 53 corridas.
No final, foi David Coulthard o vencedor - iria ser a sua última vitória na Formula 1 - com Montoya e Raikkonen a acompanhá-lo no pódio. Nos lugares seguintes ficaram Michael Schumacher, o Renault de Jarno Trulli, o Sauber de Heinz-Harald Frentzen, o segundo Renault de Fernando Alonso e o segundo Williams de Ralf Schumacher.
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