Duas semanas depois do começo de temporada na Austrália, máquinas e pilotos viajavam até Sepang para o GP da Malásia, onde se esperava que alguns dos pilotos que não se tinham dado bem na primeira corrida tentariam melhorar por aqui e tentar não escapar alguns dos seus candidatos ao título. Mas a grande novidade dessa corrida malaia foi ver que a Renault estava em enorme forma, e especialmente Fernando Alonso, que na sua segunda temporada na Formula 1, iria começar a bater recordes de precocidade.
Apesar de não ter passado o fim de semana na melhor das formas - estava doente - a pole ficou nas mãos do piloto das Astúrias, o primeiro da sua sua carreira, e batendo um recorde de precocidade que pertencia desde 1994 a Rubens Barrichello. A seu lado iria ter Jarno Trulli, seu companheiro de equipa, com Michael Schumacher e David Coulthard a partilhar a segunda fila. Rubens Barrichello era o quinto, no segundo Ferrari, seguido pelo Sauber de Nick Heidfeld, com Kimi Raikkonen e Juan Pablo Montoya na quarta fila, lado a lado, e a fechar o "top ten" estavam o BAR de Jenson Button e o Toyota de Olivier Panis.
Os momentos que antecederam a largada foram confusos. Jacques Villeneuve e Cristiano da Matta tiveram problemas nos seus carros e tiveram de largar das boxes, enquanto que Giancarlo Ficichella estacionou o seu carro no lugar errado, acabando por ter problemas também no seu Jordan. Desses três, apenas o brasileiro da Toyota é que conseguiu largar para a corrida.
Na partida, os Renault mantiveram as posições, mas Schumacher tentou passar Trulli para ser segundo e não conseguiu, acabando por quebrar o seu nariz e arrastar-se até às boxes, enquanto que o italiano ia para a cauda do pelotão. Para piorar as coisas, Schumacher ainda teve de cumprir uma penalização, pois os comissários julgaram-o culpado pelo incidente. E ainda houve mais um acidente quando Antônio Pizzonia bateu na traseira de Juan Pablo Montoya, arrancando a sua asa traseira e perdendo duas voltas para o resto do pelotão. Iria ser apenas 12º, a três voltas do vencedor.
Com isto tudo, Coulthard era o segundo classificado no final da primeira volta, mas uma falha no seu sistema eletrónico fez com que a corrida acabasse na volta seguinte, para espanto de todos. Assim, o lugar era herdado pelo seu companheiro de equipa, Kimi Raikkonen, com Heidfeld e Barrichello atrás. Pouco depois, na décima volta, o brasileiro passou Heidfeld para ficar com o segundo posto.
Na volta 14, Alonso parou para reabastecer, deixando Raikkonen na liderança, e ele foi apenas cinco voltas depois, mas o suficiente para ficar com o lugar quando voltou à pista. Barrichello foi às boxes na volta 21, mas não conseguiu passar Alonso. Atrás, Trulli era sexto e apanhava Jenson Button, que estava na sua frente.
Na volta 35, começavam a segunda série de reabastecimentos, com Alonso a entrar em primeiro lugar, seguido por Barrichello, três voltas depois, e conseguindo ficar na frente do piloto da Renault, enquanto que Raikkonen, já muito longe, abasteceu na volta 40, sem ser incomodado na sua liderança.
No final, Raikkonen cortou a meta para subir ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez na sua carreira, com Barrichello em segundo e Alonso em terceiro - também era o primeiro pódio do piloto espanhol. Ralf Schumacher foi o quarto, seguindo por Jarno Trulli, Michael Schumacher, Jenson Button e a fechar os pontos, Nick Heidfeld.
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