Nos anos 80, quem via o automobilismo, ela era tão rica como agora. Não só havia Formula 1 como também existia Endurance e Ralis, e nas provas de longa distância, havia provas de mil quilómetros, onde algumas marcas colocavam os seus carros para mostrar que eram bons nisto. A Porsche era uma delas, e nesse já distante ano de 1983, estavam a desenvolver o modelo 956, numa altura em que os regulamentos do Grupo C começavam a ser implementados.
A marca alemã praticamente não tinha rival à altura, e a equipa oficial era uma mistura de consagrados e jovens com "sangue na guelra". Havia Jacky Ickx, Hans-Joachim Stuck, Derek Bell... e Stefan Bellof. E os 1000 Km de Nurburgring eram no mítico Nordschleife.
Bellof, com 25 anos na altura, era piloto da Maurer na Formula 2 e as equipas de Formula 1 estavam de olho nele. A Porsche pegou-o para a sua equipa oficial de Endurance, e já tinha mostrado algum do seu talento em provas anteriores. Mas naquela tarde de 28 de maio de 1983, o mundo conheceu verdadeiramente Bellof. Ao volante de um 956, atirou a cautela para o vento e tentou a sua sorte. O resultado final foi de seis minutos, 11 segundos e 13 décimos. Um recorde que nunca mais foi batido.
Foi - e ainda é - em recorde espantoso. E ainda teve tempo para fazer um recorde de corrida, na casa dos seis minutos e 25 segundos, antes de bater com força, de errar onde não se pode errar no Inferno Verde. Mas saiu do carro sem qualquer arranhão. Dois anos depois e quatro meses depois, a 1 de setembro de 1985, em Spa-Francochamps, não iria ter a mesma sorte.
Mas foi durante essa janela de tempo que se apresentou ao mundo. Na Formula 1, pela Tyrrell, na Porsche, pela Endurance, onde foi campeão do mundo em 1984, e as suas performances deixaram todos a pensar no que poderia ter sido, se o destino lhe tivesse dado mais tempo.
Fala-se que a marca alemã vai tentar este ano baixar o recorde, a bordo de um 919 modificado. Dava jeito o recorde ficar mais um tempo nos registos.
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