Há precisamente 40 anos, uma certa modernidade chegava à Formula 1. Colin Chapman apresentara ao mundo a sua nova criação e preparava-se para dominar o mundo. Era o Lotus 79 e tornou-se num dos carros mais carismáticos da história do automobilismo. Mas para chegar ao topo, primeiro, tinha de se bater no fundo.
Em 1976, Chapman queria voltar a dominar com a sua Lotus, mas não vencia desde o GP de Itália de 1974. O modelo 72 tinha chegado ao final da sua vida útil, o 76 tinha sido um fracasso e o 77 não era fabuloso. Foi então que começou a estudar sobre aerodinâmica e pediu os serviços de Tony Rudd, especialmente na parte do "efeito de Bernoulli" e no conceito de asa invertida. Testes e experiências no túnel de vento do Imperial College viram que tal ideia poderia ser viável, especialmente se usasse uma espécie de "saias" aerodinâmicas nas laterais do carro, para maior eficácia aerodinâmica.
O Lotus 78 foi o resultado, mas apesar das suas seis vitórias e de ser o melhor chassis do ano, não lhe deu o campeonato. O modelo 79 foi uma refinação, com linhas mais fluídas e o evitar das turbulências, especialmente na parte traseira do carro. E o carro era tão fluido e fazia o seu trabalho de forma tão eficaz que Mário Andretti disse que "parecia estar pintado na estrada".
Se não estava, não andava longe. O carro estreou-se em Zolder e... Andretti dominou. Ronnie Peterson, seu companheiro de equipa, andou (ainda) com o 78, mas juntou-se a ele numa dobradinha da marca, fortemente comemorada para os lados de Hethel. E a partir dali, o verão de 78 foi negro e dourado, infelizmente, com um final triste.
Mas sobre isso, falaremos na altura. Agora, é falar de um dos carros mais reconhecíveis - e vitoriosos - na Formula 1.
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