terça-feira, 29 de maio de 2018

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O Rali de Portugal foi há duas semanas, e Kris Meeke foi despedido há quase uma. A Citroen disse na altura, para justificar a sua dispensa, que o fez devido a "acidentes em excesso", e que tinha colocado-se demasiadamente em risco. A marca do "double chevron" poderá ter as suas razões, e Meeke de uma certa forma é um herdeiro de Colin McRae com a sua atitude "win or wall", mas creio que a marca francesa cometeu um erro ao despedi-lo porque ele era o melhor classificado nesta altura do campeonato, mais regular do que noutras temporadas.

Creio que o despedimento de Meeke esconde a incompetência - ou a atitude de "galinha sem cabeça" - que a Citroen tem atravessado neste momento. Das quatro marcas que estão no WRC, é a que está em pior posição e tem o maior "lineup" do campeonato. Já trouxeram nesta temporada Sebastien Loeb, Mads Ostberg, Craig Breen, Meeke e Stephane Lefebvre anda a espreitar, com um R5, e não falamos do "turista" Khalid Al Qassimi. São muitos pilotos para poucos carros, o que dá a ideia de... rebaldaria numa marca que em tempos, dominou o WRC, com Loeb como piloto.

De uma certa forma, nenhum dos dois é inocente neste caso. Meeke já deveria ter juízo - tem 38 anos e muita experiência no WRC - e ele não tem o carisma de Colin McRae. E a Citroen não pode recorrer sempre a Loeb para pedir que desenvolva o C3 e esteja a par da concorrência, que trabalha para ser a melhor. Num campeonato equilibrado como este, alguém terá de ficar de fora, mas a Citroen, que agora é dirigida por Pierre Budar, precisa de melhorar, sob pena de colocar tudo em dúvida. E o grupo PSA quer saber se andar no WRC ainda vale a pena. Mas sobretudo, se arranja um piloto tão bom que dispense Loeb ou outro campeão.

Contaram-me que a marca decidiu seguir no Twitter o Hayden Paddon, que tem um contrato em dúvida na Hyundai. Não é mau de todo, mas deveriam mas é postar no Thierry Neuville...  

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