Bruno Magalhães lidera no final do segundo dia do Rali da Acrópole como o melhor... dos sobreviventes. É que nas seis especiais deste dia no rali grego, o piloto português sobreviveu ao duro piso grego e lidera agora com uma vantagem superior a um minuto sobre o húngaro Norbert Herczig, e quase dois minutos sobre Hubert Ptaszeck, todos em Skoda Fabia R5. A quatro especiais do final, resta ao piloto português gerir o avanço para alcançar a primeira vitória do ano.
Com Alexey Lukyanuk a liderar com meio minuto de avanço, no final do primeiro dia, o segundo começava com o piloto russo ao ataque, vencendo a terceira especial, a primeira passagem por New Amfissa. A diferença para Brynildsen era de meros 0,2 segundos, com Magalhães a ser terceiro, ganhando mais 13,3 segundos. Contudo, Juuso Nordgen tornava-se na primeira vítima dos furos, perdendo um minuto e dez segundos, caindo para a décima posição da geral.
Mas a hecatombe aconteceu na primeira passagem por Drossochori, com 25 quilómetros. Magalhães foi o grande vencedor, com 11,4 segundos de diferença para o polaco Lukasz Habaj, mas a especial ficou marcada pela desistência de Lukyanuk, que no interior de uma curva, ficou com o diferencial partido e uma roda danificada. Brynidsen furou e perdeu dois minutos e 49 segundos. Nordgen também perdeu mais de três minutos, mas por causa de dois furos.
"[Uma] especial louca, muitas pedras que eu tinha de evitar. Mas era melhor do que perder tempo com furos. Eu perdi a concentração em alguns cantos porque a estrada não podia ser vista. Muitas pedras", comentou o piloto português, aliviado por ter passado este obstáculo.
"[Foi] algo como nos Açores no ano passado. Tentei ir com mais cuidado e bati em algo dentro da curva. Um eixo de transmissão está agora partido, temos de discutir com a equipa", comentou o piloto russo no final da especial.
Magalhães voltou a vencer na primeira passagem por Paleohori - Mendenitsa, com um avanço de 13,6 segundos sobre Gregorz Grzyb, numa especial que viu Nordgen desistir de vez, com mais furos. No final da manhã, o piloto português já tinha um avanço de 53,5 segundos sobre Grzyb.
Na parte da tarde, na segunda passagem por New Amfissa, Magalhães começou a gerir o avanço. Foi apenas sétimo, a 7,5 segundos do vencedor, Brynildsen, numa especial que viu desistir o ucraniano Protassov, com um radiador furado. Herczig venceu na segunda passagem por Drossochori, mas Magalhães foi segundo, a 5,7 segundos, e no final do dia, o português foi o melhor na segunda vez em que passaram por Paleohori - Mendenitsa. E deu doze segundos de avanço para o piloto húngaro, enquanto Grzyb furou e perdeu três minutos e 30 segundos, caindo para a sexta posição da geral.
No final, Magalhães tem um avanço de um minuto e quatro segundos sobre Herczig e um minuto e 51 sobre o polaco Ptaszek. No quarto posto está o cipriota Simos Galatariotis, num Skoda Fabia R5, seguido por Brynildsen, a três minutos e 12 segundos. Grzyb tem agora quatro minutos e 23 segundos de atraso, com o primeiro local, Jourdan Serderides, a quatro minutos e 44 segundos. O brasileiro Paulo Nobre - de regresso aos ralis - é o oitavo, a quatro minutos e 56 segundos, e a fechar o "top ten" estão o húngaro Tibor Erdi e o grego Efthimos Halkias.
O rali da Acrópole termina amanhã com a realização das últimas quatro especiais.
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