Duas semanas depois de terem corrido no México, máquinas e pilotos faziam a sexta corrida do campeonato, que iria decorrer em Montreal, palco do GP do Canadá. A corrida regressava ao calendário, depois de um ano de ausência, com o duelo entre Ayrton Senna e Alain Prost a dominar o pelotão, com os outros a esperar pelo azar nos McLaren para terem uma chance de brilharem.
A qualificação ficou marcada pelo espectacular acidente de Derek Warwick, que ao passar na chicane onde é atualmente a reta da meta, tocou forte nas zebras e voou com o seu Arrows-Megatron, batendo forte no muro de proteção. Apesar de magoado, acabou por alinhar na corrida.
No final da qualificação, Senna levou a melhor sobre Prost, num monopólio da McLaren. A Ferrari monopolizou a segunda fila da grelha, com Gerhard Berger a ser melhor que Michele Alboreto, enquanto Alessandro Nannini era o quinto, na frente de Nelson Piquet. Thierry Boutsen era o sétimo, no segundo Benetton, na frente de Eddie Cheever, no seu Arrows-Megatron, e a fechar o "top ten" estavam o Williams de Nigel Mansell e o AGS de Philippe Streiff.
Alex Caffi não se pré-qualificou, enquanto o Minardi de Adrian Campos, o Osella de Nicola Larini, o Zakspeed de Bernd Schneider e o Lola de Yannick Dalmas não se qualificaram. Para o espanhol da Minardi, iria ser a sua última corrida, pois seria substituído em Detroit por Pierluigi Martini.
Na partida, Prost largou melhor que Senna, e o brasileiro correu atrás do prejuízo, tentando recuperar o lugar, algo do qual só conseguiu na volta 19, quando o francês apanhou tráfego e na travagem para o gancho, ele aproveitou a oportunidade. Senna não largou a liderança até à bandeira de xadrez.
Com este assunto quase resolvido, restava saber a corrida do resto do pelotão. Os Ferrari e Benetton lutavam pelo lugar mais baixo do pódio, mas a dureza da pista não era boa para os carros. Nannini foi o primeiro a abandonar, na volta 15, com problemas elétricos. Na 23ª volta, era a vez de Berger abandonar devido ao mesmo problema. Os Williams andavam bem, mas Mansell (na volta 29) e Riccardo Patrese (na 33ª volta) abandonaram a corrida, vitimas de motores partidos. E Alboreto também saía de cena na volta seguinte, vítima do mesmo problema.
Com isto tudo, Boutsen herdava o terceiro lugar, com Piquet atrás e o AGS de Streiff no quinto lugar. Mas o francês abandonava na volta 41, cedendo o lugar ao Rial de Andrea de Cesaris, com o March de Ivan Capelli atrás. Parecia que as coisas iriam ser assim, mas a três voltas do fim, o italiano ficava sem gasolina, quando tinham dois pontos garantidos. Capelli herdou o lugar, com o Tyrrell de Jonathan Palmer a ficar com o último lugar pontuável.
O terceiro posto de Boutsen marcava um regresso: pela primeira vez desde o GP da Holanda de 1983, um carro com motor aspirado estava no pódio de um Grande Prémio.
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