Desde quinta à noite, ou sexta-feira de manhã que foi conhecida a situação da Force India. Colocada sob administração para proteger-se de credores, o objetivo é agora de encontrar um comprador para a equipa no sentido de salvar as cerca de 400 pessoas que lá trabalham e arranjar um comprador à equipa que pertence a Vijay Mallya desde 2008, e que pretende vender desde há algum tempo para tentar pagar as dívidas que contraiu com a falência da Kingfisher Air. E ainda mais com a prisão de Subrata Roy, o dono da Sahara, nesse caso por fraude fiscal - deve cerca de mil milhões de euros ao fisco indiano.
Pouco depois se soube que tinha colocado a equipa nessa situação: tinha sido Sergio Perez, mais a Mercedes. A marca alemã tem cerca de 10 milhões de libras a receber e o piloto mexicano tem cerca de quatro milhões para receber também.
Neste momento, segundo conta o Joe Saward na sua coluna na Motorsport Week, a Force India está nas mãos de dois administradores competentes, Geoff Rowley e James Baker, ambos da FRP Advisory, uma forma conhecida no meio. E ambos já estiveram envolvidos nos processos de administração da Marussia, em 2014, e da Manor, dois anos depois. E o próprio Joe afirmou que uma das razões pelo qual se avançou com a primeira tentativa de administração foi o contrato com a Rich Energy, uma firma de bebidas britânica, que desde o inicio do ano foi dito que pretendia comprar ou patrocinar a equipa, mas que desde então tem sido colocadas diversas dúvidas sobre a sua existência.
No Sábado à noite, Perez colocou na sua conta no Twitter uma carta a explicar a sua versão dos acontecimentos. Ali disse que estava entristecido com a versão vista pela imprensa britânica, respondendo que tomou tais ações no sentido de salvar os 400 postos de trabalho existentes na equipa.
"Force India está há muito tempo numa situação critica. Na quarta-feira, um dos credores estava num tribunal de Londres no sentido de liquidar a equipa. Isso significaria o encerramento imediato e a perda de todos os postos de trabalho. Sendo um credor dessa equipa, pediram para que usasse um procedimento legal chamado 'administração', onde a equipa continuaria a trabalhar enquanto se procura por um novo proprietário", afirmou na sua carta.
"Conseguimos tudo muito rapidamente e o juíz esteve de acordo com o nosso pedido, com a ajuda da BWT [o patrocinador] e a Mercedes. Como resultado, a equipa está agora nas mãos de um administrador que pode ajudar a vender a equipa e a salvar os 400 postos de trabalho", continuou, antes de concluir dizendo que "a minha prioridade foi de salvar o trabalho de todos os meus companheiros".
A partir de agora, o tempo conta velozmente. Interessados parece que não faltam. Já se falou aqui da Rich Energy, mas há mais. Já se falou também por aqui no inicio da semana de Lawrence Stroll poderia comprar a equipa para colocar o seu filho Lance a correr por ali, mas o Joe fala da hipótese de compra por parte da Castle Harlan, um fundo de investimento que terá Tavo Hellmund, o mexicano-americano que ergueu o Curcuit of the Americas, bem como Michael Andretti, que poderá ter o apoio de outro fundo de investimento, por agora desconhecido.
As coisas estão fluidas, como já se disse. Espera-se que dentro de um mês, quando a Formula 1 estiver de volta à ativa, em Spa-Francochamps, já haja uma espécie de acordo, e quem conseguir, terá de certeza uma equipa bem competitiva nas suas mãos. Veremos como isto terminará.
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