Fernando Alonso venceu no domingo as 24 horas de Le Mans, ao lado de Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima. Ao volante do Toyota numero 8, venceu na sua primeira tentativa em La Sarthe, numa corrida onde demonstrou muito do seu talento, especialmente à noite, depois de de terem sofrido uma penalização de um minuto por andarem depressa numa "slow zone" quando tinha Nakajima ao volante.
O piloto espanhol está feliz por alcançar algo. Comemorar uma vitória, já não o faz desde 2013, e campeonatos, desde 2006. As temporadas desastrosas na McLaren, com motor Honda, fizeram com que alargasse os horizontes, no sentido de ter uma carreira mais diversificada, sem perder o foco na Formula 1. E se a temporada está a ser um pouco melhor que as anteriores, porque a equipa mudou para motor Renault, desde o ano passado que anda a experimentar outras competições. A chegada às 500 Milhas de Indianápolis, em 2017, deu "hype", especialmente quando se soube que abdicou do GP do Mónaco para competir nessa prova.
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Mas para piorar as coisas, ele anda cansado da Formula 1. É um veterano de 17 temporadas - comemorou o seu 300º Grande Prémio no Canadá - e o carro, apesar de ser melhor, não é vencedor. Vai a caminho dos 37 anos e tem consciência que oportunidades para ser tricampeão estão cada vez mais a escassear. Daí virar para outras paragens, uma delas a IndyCar.
É sabido que a McLaren, agora chefiada por Zak Brown, deseja colocar uma equipa por lá. Não vai construir chassis, mas seria um regresso à competição que abandonou há 40 anos e no qual venceu pelo menos por três vezes em Indianápolis, em 1972, com Mark Donohue e em 1974 e 76, com Johnny Rutheford. Zak Brown e Eric Boullier já visitaram o paddock do campeonato americano, fazendo contactos a diferentes níveis, pensando em alianças com equipas estabelecidas, como a Andretti e a Rahal. A McLaren tem Alonso como trunfo nas negociações para a aliança, e claro, o piloto espanhol gosta da ideia de competir por lá, especialmente nas ovais, onde com carros iguais, poderia mostrar o seu talento. E agora que tem dois dos três títulos que compõem a "Tripla Coroa" do automobilismo, as 500 Milhas tornaram-se na parte que falta para o seu palmarés.
E ele já disse que pretende voltar num futuro próximo. (...)
Fernando Alonso conseguiu em junho entrar mo estrito clube de vencedores do GP do Mónaco e das 24 Horas de Le Mans, acompanhando Graham Hill, por exemplo. E está atento às 500 Milhas de Indianápolis, onde pretende voltar em 2019, com a intenção da McLaren de se associar a uma equipa da IndyCar para regressar aos palcos americanos, algo do qual está de fora desde 1978. Ao mesmo tempo, a sua temporada está a ser melhor do que era com os Honda, mas não tem tido nem pódios, nem tão pouco andado entre os da frente e ameaçar o trio Mercedes, Ferrari e Red Bull. E ele anda a indicar que este poderá ser a última temporada na Formula 1, querendo outros desafios.
E pouco depois da sua vitória, a equipa foi abalada por polémicas como o sistema de recompensas - com chocolates aos seus engenheiros! - e a saída de Eric Bouller da cupula dirigente, substituido provisóriamente por Gil de Ferran, que foi contratado para supervisionar a aventura americana. Em tempo de convulsão em Woking, o que fará Alonso?
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