"Il Commendatore". "Il Inginiere". "Drake". Intimidador. Exigente. Muitos morreram para que ele pudesse ver as suas máquinas no lugar mais alto do pódio. Pode-se dizer que o vermelho dos seus carros é condizente ao sangue derramado pelos seus pilotos. Nada mais errado: foi a cor escolhida pela FIA, nos seus primeiros tempos do automobilismo, deu aos carros italianos. Fiat, Lancia, Alfa Romeo, Maserati e muitos outros tieram essas cores nos seus chassis, antes da chegada em cena da Ferrari.
Enzo Ferrari queria vencer. Todo e qualquer piloto que competiu tem isso no seu sangue. É como um vício, e esse vício dificilmente é expurgado. E essa vontade de vencer, que passava a todos de um modo temivel, compensou. Mas o preço foi enorme.
"Ele achava que a pressão psicológica produziria melhores resultados para os pilotos", disse certo dia o britânico Tony Brooks, piloto da marca em 1959. "Ele esperaria que um piloto ultrapassasse os limites do razoável ... você pode guiar até ao máximo de sua capacidade, mas uma vez que você começa a se preparar para fazer coisas que você não sente estão dentro de sua capacidade, é loucura. Havia perigo suficiente naqueles dias sem ultrapassar o limite”.
Stirling Moss - que tinha um antipatia para com Ferrari, mas em 1962 tinha-se reconciliado e até estava para lhe fornecer um carro quando teve o seu acidente em Goodwood - disse que "não me recordo de ver nenhum piloto morrer devido a uma falha mecânica no seu carro", o que demonstra que era mesmo uma personagem temível.
Brenda Vernor, que serviu como secretária de Enzo Ferrari por mais de trinta anos, até ele morrer, para lidar com a crescente clientela britânica e americana, disse alguns segredos sobre ele. Primeiro, falava um excelente francês. E depois, nunca estava errado. "Nunca discutíamos com o Velho", disse ela.
E quanto às mortes na Formula 1, descreveu o ambiente: “Continuávamos como se fosse um dia normal. Sempre que a equipa perdesse uma corrida no domingo, você entraria na segunda-feira e haveria silêncio em todos os lugares. Não havia discussões e era a mesma coisa quando havia uma fatalidade. Você não vai ver o Sr. Ferrari; acabou de fechar sua porta. Quando você perde alguém, não há nada que você possa fazer para trazê-lo de volta, não é?"
"Ele achava que a pressão psicológica produziria melhores resultados para os pilotos", disse certo dia o britânico Tony Brooks, piloto da marca em 1959. "Ele esperaria que um piloto ultrapassasse os limites do razoável ... você pode guiar até ao máximo de sua capacidade, mas uma vez que você começa a se preparar para fazer coisas que você não sente estão dentro de sua capacidade, é loucura. Havia perigo suficiente naqueles dias sem ultrapassar o limite”.
Stirling Moss - que tinha um antipatia para com Ferrari, mas em 1962 tinha-se reconciliado e até estava para lhe fornecer um carro quando teve o seu acidente em Goodwood - disse que "não me recordo de ver nenhum piloto morrer devido a uma falha mecânica no seu carro", o que demonstra que era mesmo uma personagem temível.
Brenda Vernor, que serviu como secretária de Enzo Ferrari por mais de trinta anos, até ele morrer, para lidar com a crescente clientela britânica e americana, disse alguns segredos sobre ele. Primeiro, falava um excelente francês. E depois, nunca estava errado. "Nunca discutíamos com o Velho", disse ela.
E quanto às mortes na Formula 1, descreveu o ambiente: “Continuávamos como se fosse um dia normal. Sempre que a equipa perdesse uma corrida no domingo, você entraria na segunda-feira e haveria silêncio em todos os lugares. Não havia discussões e era a mesma coisa quando havia uma fatalidade. Você não vai ver o Sr. Ferrari; acabou de fechar sua porta. Quando você perde alguém, não há nada que você possa fazer para trazê-lo de volta, não é?"
Ferrari é uma personagem fascinante. Tão fascinante que Hollywood anda a querer fazer filmes sobre ele, tentando ir para além daquele italiano corpulento que sofria com as suas máquinas, celebrava as suas vitórias e amargurava com as suas derrotas. Sofria quando um dos seus pilotos morria, mas dizia que era a vida e seguia em frente. E fazia com que o seu nome fosse falado e os seus carros fossem desejados. Aliás, disse certo dia algo parecido com "deve-se sempre fazer um carro a menos daquilo que o público deseja". Para que todos desejassem ter um e esperassem por ele.
Ferrari conseguiu o que queria: marcar a paisagem automobilística. Ninguém pode dizer que a Formula 1 passasse bem sem ela. Talvez a Ferrari possa passar bem sem a Formula 1, mas duvido: a Scuderia precisa sempre de competir. O seu verdadeiro espírito provavelmente deve ser esse.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...