Há precisamente 45 anos, Jackie Stewart alcançava um novo recorde, ao alcançar a sua 27ª vitória da sua carreira. Ao contrário do que aconteceu cinco anos antes, a corrida não foi à chuva, desta vez foi ao sol, em pleno verão, e numa corrida relativamente aborrecida, apenas com Francois Cevért a andar perto dele, incomodando-o.
Por esta altura, ele já tinha tudo sob controlo: o seu maior rival, Emerson Fittipaldi, tinha conseguido apenas um ponto em quatro corridas, enquanto o escocês tinha alcançado 18 pontos nas últimas duas, alargando o fosso a uma distância quase inalcançável, e o terceiro campeonato para ele era uma questão de tempo.
Contudo, nos bastidores, crescia a expectativa. Stewart tinha 34 anos e ia na sua nona temporada na Formula 1. Estava com Ken Tyrrell desde 1968 e foi com ele que conquistou os títulos de 1969 e 71, com o de 73 a caminho. E com a quantidade de mortes que tinha visto ao longo da sua carreira, alguns de amigos próximos dele - Jochen Rindt era seu vizinho na Suíça - começava a pensar que seria boa altura de pendurar o capacete. Mas o último que sabia era Ken Tyrrell.
Outra boa razão era que ele já tinha mais rivais a alcançá-lo. Sabia de Emerson e Ronnie, na Lotus, mas a McLaren tinha criado um bom carro, o M23, e nas mãos de um piloto competente, seria capaz de disputar títulos. E Stewart via isso como sinal para sair por cima. E também já achava o seu escudeiro Cevért estava pronto para ser primeiro piloto.
Uma coisa é certa: nesse verão, ele tinha tomado a sua decisão. Agora, só queria sair dali vivo.
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