Um "disclamer": o "post" que vai ler a seguir não passa de uma mistura de especulação com futurismo condicional. Proceda com uma mente aberta.
Este fim de semana, no circuito de Nurburgring, Mick Schumacher venceu todas as corridas do fim de semana da Formula 3 a bordo do seu carro de Prema Theodore. Com isso, elevou para seis as suas vitórias nesta temporada, e está a meros seis pontos do primeiro lugar do campeonato. Para o piloto de 19 anos - nasceu a 22 de março de 1999 - e claro, filho de Michael Schumacher - isto pode ser a chance que pretendia para alcançar um título e continuar adiante a sua ascenção à Formula 1. Falou-se nos últimos dias sobre a ideia de ir para a Formula 2, mas este domingo, falava com um amigo meu, que me falou sobre Schumacher Jr e como ele poderá antecipar a sua ascensão à categoria máxima do automobilismo. Dando como exemplo de Max Verstappen.
Que o automobilismo está a ficar cheio de herdeiros é um facto. Filhos de, que não cresceram com outra coisa que não os cheios de gasolina e borracha, com kartódromos e autódromos como cenário dos seus fins de semana, isso já sabemos. Alguns não se dão lá muito bem, mas outros, como Max Verstappen e Nico Rosberg, vencem corridas e campeonatos. Mick Schumacher, que começou a fazer karting com oito anos, começando como "Mick Betsch" (o apelido de solteira da mãe), chegou no ano passado à Formula 3, depois de ter sido vice-campeão da Formula 4 alemã e italiana em 2016.
Ora, caso ele seja campeão da Formula 3, ele estará no alcance dos pontos necessários para a Super-Licença. Ele falou que só da Formula 4 ele já tem 20 pontos, e com a vitória da Formula 3, teria mais 30. Os 50 pontos acumulados fariam com que tivesse o mínimo para tentar a sua sorte na Formula 1. E claro, ele já é maior de idade, logo, a "gracinha" que a Red Bull teve em 2015 quando foi buscar Max Verstappen não se repetirá.
A ideia de antecipar a sua passagem à Formula 1 seria um golpe de génio, especialmente na Red Bull, que anda "desesperada" por encontrar um bom piloto que "pegue de estaca" na sua equipa. E como os seus talentos ainda estão muito "verdes", eles andam a ver alguns dos seus "rejects" para saber qual deles é que caberá nos lugares ainda vagos. Semana passada mostrei uma foto de Sebastien Buemi no cockpit do Toro Rosso, e fala-se no regresso de Daniil Kvyat, agora piloto de testes da Ferrari.
Ora, ter o filho de Michael Schumacher numa Toro Rosso em 2019 seria um golpe de génio, mas como sabem, a equipa - e a Red Bull - é pródiga em "queimar" talentos e ter Schumacher Jr. queimado tão cedo não seria de bom grado. Para Schumachers queimados já bastou o Ralf, claro. Mas há outras alternativas, do qual Mick provavelmente esperaria de bom grado. A primeira das quais seria a Mercedes.
A marca de Estugarda ajudou imenso o seu pai no inicio da carreira dele, em 1988. Primeiro na Formula 3 alemã, depois na Endurance, com a Junior Team, ao lado de Karl Wendlinger e Heinz-Harald Frentzen, e claro, ao pagar o dinheiro para entrar na Formula 1, quando a oportunidade surgiu no GP da Bélgica de 1991, a bordo de um Jordan. Nesta altura, não tem uma forte Junior Team, mas tem na sua asa um piloto como Pascal Wehrlein, que andou pela Manor e Sauber antes de voltar ao DTM. Não tenho duvidas que Toto Wolff esteja a seguir Mick Schumacher e queira ter na sua asa, quando se sabe que a partir de 2020 poderão existir alterações no quando competitivo dos seus pilotos. Nessa altura, Lewis Hamilton terá 35 anos e Valtteri Bottas 31, logo, não estarão para novos, ao contrário de Wehrlein, que terá 26.
Não se sabe o que faria o inglês depois dessa data, caso seja campeão do mundo nas próximas três temporadas. Mas a chance de se ir embora da Formula 1 não está descartada. E não é como Fernando Alonso, que pretende ser o piloto mais completo de sempre, quer outras coisas como as luzes da ribalta. E Valtteri Bottas não tem estofo de campeão. O mais fácil será contratar Sebastian Vettel, por exemplo, mas faê-lo sair da Ferrari teria de ser com um camião de euros, e não creio que isso aconteça tão cedo, ou a administração queira abrir os cordões à bolsa tão grandemente.
Ter Mick Schumacher em 2020 seria a altura ideal, depois de uma temporada na Formula 2. Quer como segundo piloto de um Hamilton a preparar a sua retirada, aprendendo alguma coisa antes de tomar conta das rédeas em 2021, caso tenha "estofo de campeão", seria melhor, mas seria o caminho mais duro. O mais fácil seria contratar Vettel ou Max Verstappen, mas essa chance já foi descartada por Toto Wolff e Niki Lauda - pelo menos até à altura em que foi internado para ter um pulmão novo. Uma dupla Schumacher-Wehrlein seria bem mais interessante. Totalmente alemã e "caseira", é certo, mas teria melhores garantias do que ter alguém vindo de outras equipas.
Enfim, tudo isto entra no campo especulativo, mas tem a sua lógica, por causa de exemplos anteriores. Pensam como eu? Ou esperam pelo tempo que aparecer, para ver se tudo isto acontece ou não?
Primeiramente, acompanho este blog há tempos, mas nunca comentei.
ResponderEliminarPois bem, penso exatamente como você, em 2020 seria ideal ter Schummy Jr. na F1, seja na Mercedes ou em outra equipe. Mas pensando que talvez, no futuro, venha a defender a equipe do Cavallino Rampante, o que seria deveras interessante.
Saudações do Brasil !