Depois de Singapura, a Formula 1 aproveita o final do verão europeu para passar pela estância do regime russo, qualquer que seja. Situado aos pés do Cáucaso, há quem diga que esta é a última paragem europeia, mas há quem também diga que essa região não conta. Contudo, para a Rússia, a parte não-asiática vai dos Montes Urais até ao Mar Negro, passando pela cordilheira do Cáucaso e o Monte Erebrus é considerado o ponto mais alto do velho Continente, em vez do Monte Branco, nos Alpes.
Considerações geográficas à parte, falemos, pois, das automobilísticas. Com o campeonato decidido, há quem agarre à matemática, mas é mais para o lado do milagre, pois toda a gente já tem ideia de como terminará esta história, é apenas uma questão de tempo. E os tempos tirados ontem nos treinos livres parecem confirmar isso. A qualificação de hoje tinha uma de duas conclusões: ou a continuação de uma dominação da Mercedes, que terminaria com Lewis Hamilton a levar tudo, ou então algo inesperado que relançasse o campeonato. Aos crentes, a segunda aposta era a mais certa. Aos realistas, pragmáticos - e claro, os fãs do inglês - estes estavam inclinados para a primeira chance.
Antes da qualificação, soube-se que os Red Bull e os Toro Rosso decidiram trocar de motor e caixa de velocidades, sendo logo penalizados. E também quem fez tal coisa foi Fernando Alonso, com os mesmos problemas. Logo de rajada, um quarto do pelotão já tinha garantido o seu lugar no fundo da grelha, o pior da Q1 seria no máximo, 15º classificado na grelha. São estas as regras, e estas são as consequências... e claro, isso aconteceu em paralelo com o anuncio de Helmut Marko de que Daniil Kvyat iria voltar à Toro Rosso, um ano depois de ter sido despedido sem grande cerimónia. Aposto o que quiserem que Marko pediu oito milhões de dólares e o russo arranjou-os. Portanto, quando se fala de mérito, existem algumas reticências nisso...
Brilhando o sol neste final de verão no Mar Negro, máquinas e pilotos prepararam-se para mais uma qualificação. E desde cedo que as coisas se definiram, poderemos dizer assim. Os Mercedes, que sempre dominaram os treinos livres, ficaram com o topo da tabela de tempos, seguido dos Ferrari e da Red Bull, mas apenas deram uma volta para garantir a Q2 e o lugar mais confortável sem ser muito penalizado... e também para preservar um jogo de pneus para o dia seguinte. E a mesma coisa poderia ter feito Fernando Alonso, mas ele nem se deu ao trabalho de sair...
Quem aproveitou isso tudo foram os Haas e a Sauber, que decidiram colocar os seus pilotos na pista e tentar a sua sorte, indo o mais longe possível. E atrás, claro, ficaram os Williams e o McLaren de Stoffel Vandoorne, que fizeram companhia aos penalizados.
Pior ainda foi na Q2, quando os Renault fizeram companhia ao resto na paragem nas boxes, poupando um jogo de pneus. E de uma certa maneira - apesar de não podermos dizer que isto seja um jogo de cartas marcadas, bem pelo contrário - é ver como esta história das penalizações levaram a um cenário extremo, onde, em nome da poupança e da estratégia, quase um terço do pelotão preferiu ficar nas boxes do que tentar a sua sorte. E antes do meio da Q2, já sabíamos quem iria para a Q3: os Mercedes, a Ferrari, a Haas, a Sauber e a Force India. E isso tirava emoção à qualificação, vendo o tempo a passar.
E na Q3, aí sim, houve emoção. Apesar de a principio, poucos terem andado - Marcus Ericsson nem sequer andou - de uma certa forma, já se sabia qual seria a hierarquia. Mas foi exatamente na parte final que houve surpresa. Era verdade que Valtteri Bottas andava na frente de Lewis Hamilton - por quatro milésimos de segundo, com a Ferrari a... seis décimos - esperava-se, contudo, que o inglês iria dar o seu melhor e passá-lo, mas na última volta lançada... houve surpresa.
Aí, Bottas não melhorou o seu tempo, e parecia estar à mercê de Hamilton. Mas este errou na curva 7 e a pole ficou com o finlandês, sendo este a maior surpresa desta qualificação. Sabia-se da Mercedes, mas não se sabia que seria o finlandês a ficar com o lugar. De uma certa maneira, foi uma troca de lugares, mas não as trocas de lugares que víamos nos tempos de Nico Rosberg.
E adivinhem o que apareceu logo a seguir à qualificação? Se o Bottas iria fazer de soldadinho obediente e deixar passar Hamilton na corrida para que se resolva já o título mundial? Pois... se isso acontecer, perguntamos a nós mesmos se nos desejamos levantar cedo da cama ou almoçar mais cedo para ver esta corrida. Não é? Vamos a ver, amanhã.
Antes da qualificação, soube-se que os Red Bull e os Toro Rosso decidiram trocar de motor e caixa de velocidades, sendo logo penalizados. E também quem fez tal coisa foi Fernando Alonso, com os mesmos problemas. Logo de rajada, um quarto do pelotão já tinha garantido o seu lugar no fundo da grelha, o pior da Q1 seria no máximo, 15º classificado na grelha. São estas as regras, e estas são as consequências... e claro, isso aconteceu em paralelo com o anuncio de Helmut Marko de que Daniil Kvyat iria voltar à Toro Rosso, um ano depois de ter sido despedido sem grande cerimónia. Aposto o que quiserem que Marko pediu oito milhões de dólares e o russo arranjou-os. Portanto, quando se fala de mérito, existem algumas reticências nisso...
Brilhando o sol neste final de verão no Mar Negro, máquinas e pilotos prepararam-se para mais uma qualificação. E desde cedo que as coisas se definiram, poderemos dizer assim. Os Mercedes, que sempre dominaram os treinos livres, ficaram com o topo da tabela de tempos, seguido dos Ferrari e da Red Bull, mas apenas deram uma volta para garantir a Q2 e o lugar mais confortável sem ser muito penalizado... e também para preservar um jogo de pneus para o dia seguinte. E a mesma coisa poderia ter feito Fernando Alonso, mas ele nem se deu ao trabalho de sair...
Quem aproveitou isso tudo foram os Haas e a Sauber, que decidiram colocar os seus pilotos na pista e tentar a sua sorte, indo o mais longe possível. E atrás, claro, ficaram os Williams e o McLaren de Stoffel Vandoorne, que fizeram companhia aos penalizados.
Pior ainda foi na Q2, quando os Renault fizeram companhia ao resto na paragem nas boxes, poupando um jogo de pneus. E de uma certa maneira - apesar de não podermos dizer que isto seja um jogo de cartas marcadas, bem pelo contrário - é ver como esta história das penalizações levaram a um cenário extremo, onde, em nome da poupança e da estratégia, quase um terço do pelotão preferiu ficar nas boxes do que tentar a sua sorte. E antes do meio da Q2, já sabíamos quem iria para a Q3: os Mercedes, a Ferrari, a Haas, a Sauber e a Force India. E isso tirava emoção à qualificação, vendo o tempo a passar.
E na Q3, aí sim, houve emoção. Apesar de a principio, poucos terem andado - Marcus Ericsson nem sequer andou - de uma certa forma, já se sabia qual seria a hierarquia. Mas foi exatamente na parte final que houve surpresa. Era verdade que Valtteri Bottas andava na frente de Lewis Hamilton - por quatro milésimos de segundo, com a Ferrari a... seis décimos - esperava-se, contudo, que o inglês iria dar o seu melhor e passá-lo, mas na última volta lançada... houve surpresa.
Aí, Bottas não melhorou o seu tempo, e parecia estar à mercê de Hamilton. Mas este errou na curva 7 e a pole ficou com o finlandês, sendo este a maior surpresa desta qualificação. Sabia-se da Mercedes, mas não se sabia que seria o finlandês a ficar com o lugar. De uma certa maneira, foi uma troca de lugares, mas não as trocas de lugares que víamos nos tempos de Nico Rosberg.
E adivinhem o que apareceu logo a seguir à qualificação? Se o Bottas iria fazer de soldadinho obediente e deixar passar Hamilton na corrida para que se resolva já o título mundial? Pois... se isso acontecer, perguntamos a nós mesmos se nos desejamos levantar cedo da cama ou almoçar mais cedo para ver esta corrida. Não é? Vamos a ver, amanhã.
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