Com o Mundial a ser disputado... a quatro, entre Alain Prost, Nelson Piquet, René Arnoux e Patrick Tambay, faltavam duas provas para o final da temporada, e a primeira delas iria acontecer num lugar que não estava inicialmente no calendário. Quando este foi mostrado, estava inscrito um "GP de Nova Iorque", dando aos Estados Unidos a oportunidade de acolher três Grandes Prémios, porque era o substituto de Las Vegas, cujo circuito era aborrecido e economicamente, não tinha sido um sucesso.
Contudo, as autoridades locais acharam que a ideia de uma corrida de Formula 1 na Quinta Avenida ou na Times Square não tinha grande validade - e iria fazer um barulho horrivel - e logo, decidiram cancelar a prova. Assim sendo, a solução foi colocar um segundo Grande Prémio em Brands Hatch, chamando-o de "Grande Prémio da Europa". A coisa funcionou e a pista encheu-se de espectadores.
A Ferrari tinha anunciado que iria ter Michele Alboreto como seu piloto para a temporada seguinte, deixando Tambay sem lugar, o que o levou às lágrimas... literalmente. Mas não iria ficar sem lugar, pois haveriam pretendentes. A Williams já tinha feito um acordo com a Honda para ter motor Turbo, mas decidiu adiar a estreia para a última corrida do ano, na África do Sul, e decidiu colocar um terceiro carro, para Jonathan Palmer.
A Theodore estava "nas últimas". Mo Nunn tinha partido, e a equipa largou um dos seus pilotos, o venezuelano Johnny Cecotto, e deixou apenas um carro, para Roberto Guerrero.
A qualificação deu uma pequena surpresa: Elio de Angelis conseguia a pole-position para a Lotus, a primeira desde 1978. A seu lado estava Riccardo Patrese, no seu Brabham-BMW. Nigel Mansell era terceiro, na frente de Nelson Piquet, no segundo Brabham-BMW. A terceira fila era da Ferrari, com René Arnoux na frente de Tambay, e a quarta era da Renault, com Eddie Cheever na frente de Alain Prost. E a fechar o "top ten" estavam o ATS-BMW de Manfred Winkelhock e o McLaren-TAG Porsche de John Watson.
Três pilotos não se qualificaram para a prova: o RAM de Kenny Acheson, o Osella de Corrado Fabi e o Williams-Cosworth de Jacques Laffite.
A corrida começou com Patrese a ser melhor que De Angelis e ficar com a liderança. Piquet era quarto, mas no inicio da segunda volta, passou Mansell e foi atrás de De Angelis. As coisas ficaram assim até à 12ª volta, quando o piloto da Brabham tentou passar o da Lotus... e ambos tocaram-se. Piquet aproveitou a ocasião para ficar com a liderança, com Mansell a seguir. Patrese e De Angelis voltaram à pista, mas pouco depois, o piloto da Lotus retirou-se.
Prost, entretanto, subia posições atrás de posições, acabando na segunda posição, mas ele estava demasiado longe de Piquet para o desafiar. Tambay era o terceiro, mas perto do fim perdeu fluido nos seus travões e despistou-se, entregando o lugar a Mansell, que ainda fez a volta mais rápida, dando um vislumbre dos melhores dias da equipa fundada por Colin Chapman, morto há menos de um ano.
Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Alfa Romeo de Andrea de Cesaris e os Toleman de Derek Warwick e Bruno Giacomelli.
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