As coisas na Ferrari poderão andar um pouco nebulosas por estes dias. Fala-se que Kimi Raikkonen poderá ter chegado ao final da linha, mas a administração da Ferrari e do Grupo Fiat anda mais a tentar chegar a uma solução de compromisso. Tudo por causa de um pedido final de um moribundo e a popularidade do piloto entre os sobreviventes.
Recuemos alguns meses, para o final da primavera. Sergio Marchionne decide que as dores no seu ombro são insuportáveis e decide ir para uma clinica de Zurique para ser operado. Mas para ser previdente - e também porque ele se prepara para abandonar o Grupo Fiat no final do ano e não anda lá muito bem da saúde - toma algumas decisões. Uma delas é a de não renovar o contrato com Kimi Raikkonen e colocar o monegasco Charles Leclerc, que é protegido de Nicolas Todt, que tem grandes relações de amizade na Scuderia. Mas Raikkonen é protegido de John Elkann, Maurizio Arrivabene e Sebastian Vettel, e desfazer o acordo não será fácil.
Marchionne morre a meio de julho e a sucessão acontece, mas há uma parte do qual os sucessores não querem cumprir, pelo menos não em 2019. E tem uma bota para descalçar, do qual não sabem bem como farão. E em Monza, falou-se que Elkann já tinha dito que Kimi não ficaria na próxima temporada, e se calhar, iria tomar o mesmo caminho de Fernando Alonso, ou seja, abandonando a Formula 1. E tempos antes, em maio, falava-se que poderia tentar a sua sorte de novo no WRC, num os Toyotas preparados por Tommi Makinen.
Agora, o site Grand Prix Diary diz na sua conta do Twitter que é provável que a Ferrari tenha chegado a um acordo com todas as partes. Que a entrada de Leclerc seria adiada para 2020 a troco de dois milhões de euros, e Kimi ficaria na próxima temporada, que seria de despedida para o finlandês - fará 40 anos a 17 de outubro do ano que vêm. E também a estadia de Leclerc na Sauber-Alfa também daria mais dinheiro e tecnologia para a equipa, um pouco como se fosse a "equipa B" da marca italiana, já que Sauber e Ferrari tem uma longa parceria, com cerca de duas décadas.
A imprensa italiana andou toda a semana a dizer que um anuncio "seria imimente", mas esse anuncio ainda não aconteceu. Talvez aconteça no próximo fim de semana, em paragens de Singapura, mas veremos. A acontecer, de uma certa forma, faria com que parte do plano final de Marchionne seja adiado para, pelo menos, uma temporada.
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