No fim de semana em que o título mundial foi adiado por uma semana, a corrida mexicana é sempre algo interessante de se ver. Uma corrida num circuito clássico na Formula 1 - faz este fim de semana 55 anos sobre a primeira corrida nestas paragens, vencida por Jim Clark - as suas características especiais valem sempre a pena serem vistas. Afinal de contas, é a pista mais alta do calendário, a 2245 metros de altitude, num planalto no México central, e numa cidade construída num lago drenado há algumas centenas de anos.
Neste sábado, debaixo de um céu nublado, numa mistura de nuvens e "smog", e num autódromo cheio na zona de Magdalena Mixuca, a altitude e os treinos livres faziam que aparecesse novo candidato à pole-position: os Red Bull de Max Verstappen e Daniel Ricciardo, que estando um pouco afastado das primeira linhas desde o GP do Mónaco, pareciam ter uma chance para regressar, com o seu motor Renault.
Os Red Bull deram um ar da sua graça, marcando os melhores tempos, mas depois, Valtteri Bottas conseguiu fazer 1.15,580 e ficou no topo da tabela de tempos. Hamilton ficou logo atrás, e os seus primeiros eram das mais velozes: Mercedes, Red Bull e Ferrari.
A parte final da Q1 foi um festival do sexto posto até ao fundo da grelha. Muitos pilotos conseguiram fazer o sexto melhor tempo, mas logo a seguir começaram a cair na grelha, à medida que a concorrência fazia os seus tempos. No final, os Haas de Romain Grosjean e Kevin Magnussen, os Williams de Setguei Sirotkin e Lance Stroll, e o McLaren de Stoffel Vandoorne ficaram de fora na primeira parte da qualificação.
Na segunda parte, o pessoal decidiu usar os hipermoles, com os pilotos a andarem com tempo cada vez mais baixos, e claro, o topo mudava rapidamente de piloto. Primeiro, Hamilton, depois Ricciardo e a seguir, Max Verstappen. Mas todos muito apertados, e todos com tempos inferiores dos tirados na Q1. Depois de trocarem de pneus, voltaram à pista perto do seu final para tentarem a sua sorte.
A parte final não revelou grandes novidades na frente, apesar de terem mudado para os ultramoles e hipermoles, e no fundo do "top ten" nem houve grandes novidades em relação à primeira parte. Terminado o tempo, se Mercedes, Ferrari e Red Bull já tinham os seus lugares, foram acompanhados pela Renault e Sauber, com os Force India de Sergio Perez e Esteban Ocon, bem como os Toro Rosso de Pierre Gasly e Berndon Hartley, e o McLaren de Fernando Alonso a ficarem de fora da parte final.
E essa parte final tinha o seu interesse porque, claro, havia mais uma equipa no jogo. Vettel saia para a pista com os rosas dos hipermoles, e isso era seguido pelo resto do pelotão. Raikkonen foi o primeiro, seguido por Vettel a fazer 1.14,970. Os Mercedes ficaram atrás dele, por pouco, mas ficaram. E é Max Verstappen que melhora, com 1.14,785. Nessa campo, os primeiros dados a serem lançados eram da parte dos energéticos.
E a parte final tinha os Ferrari na frente para marcar um tempo, logo, os primeiros a cruzar a meta, seguido por Vettel e Bottas, com Hamilton a ser o último, depois dos Red Bull. No final, os Red Bull foram os melhores, com Max Verstappen... a falhar a pole por 26 milésimos. Daniel Ricciardo ficou com o primeiro lugar, mas mais importante, a primeira fila eram dos energéticos, a primeira desde o GP dos Estados Unidos de 2013, com Sebastian Vettel e Mark Webber. Lewis Hamilton ficou com o terceiro posto, na frente de Sebastian Vettel, o que era importante na luta pelo título. E a terceira fila era de Kimi Raikkonen e Valtteri Bottas.
A corrida de amanhã prometia ser muito boa para ser vista por todos os que estão na pista e em casa pela televisão. E claro, vai ser o dia em que teremos campeão.
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