O holandês Robin Frijns foi o vencedor no ePrix de Paris, numa corrida debaixo de chuva, e bem atribulada devido aos inúmeros despistes. O piloto da Virgin não só se estreava no panteão dos vencedores, como também foi o oitavo vencedor diferente em oito corridas desta temporada. Ele ficou na frente de André Lotterer, da Techeetah, e de Daniel Abt, da Audi. António Félix da Costa terminou a prova na sétima posição, escapando às armadilhas e conseguindo mais alguns pontos no campeonato, mantendo-se na luta pelo título.
Com Oliver Rowland como poleman - e um monopólio da Nissan - e boa parte dos da frente do meio do pelotão, as coisas estavam mesmo equilibradas, e nos Invalides, tudo seria feito para equilibrar ainda mais, rumo a um eventual oitavo vencedor em oito corridas. Mas isso aconteceu depois dos comissários terem eliminado os tempos da Mahindra, que tinham ficado com os melhores tempos, com Pascal Wehrlein a ser o poleman, e Jerome D'Ambrosio a ser quinto. Assim sendo, os carros indianos largavam da última fila da grelha, beneficiando todos, incluindo António Félix da Costa, que iria largar da 14ª posição.
Num tempo primaveril - e ventoso - os pilotos largaram atrás do Safety Car para correrem na volta seguinte. As posições foram mantidas até que na quarta volta, Rowland bateu no muro, causando bandeiras amarelas na zona. Buemi ficou com a liderança, pressionado por Robin Frijns e Felipe Massa. Max Gunther era quarto, mas Andre Lotterer queria o seu lugar.
Foram Frijns e Massa os primeiros da frente a usar o Attack Mode, e quando o suíço começou a ser atacado pelo holandês, passou pelo Attack Mode na volta seguinte. Isso não impediu o piloto da Virgin a atacar a liderança, enquanto Lotter finalmente era quarto, depois de passar Gunther, quando este foi ativar o Attack Mode. Mais tarde, o alemão da Techeetah passou Massa para ser terceiro.
Mas depois, Buemi sofreu um furo e teve de passar pelas boxes, dando de bandeja a liderança a Frinjs. E enquanto tudo isso acontecia, o céu fechava-se e começava a chover. E isso foi o suficiente para Frijns e Lotterer a abrir diferença para o resto do pelotão. Abt era o terceiro, e com os minutos a passar, a chua caía com intensidade. E pelos quinze minutos, a direção da corrida decidiu colocar o Full Course Yellow, reduzindo o andamento dos carros em 60 por cento.
A corrida volta ao normal depois da chuva ter abrandado, mas pouco depois, uma carambola colocava quatro pilotos fora de ritmo, com Sam Bird a falhar a travagem, depois Alexander Sims a fazer um pião depois de um toque com Alex Lynn e Oliver Rowland. Resultado final: novo Full Course Yellow e mais dois abandonos: Sims e Stoffel Vandoorne.
Na frente, Frinjs aguentava Lotterer, com Mortara a cair para fora dos pontos depois de falhar a travagem. Nesta altura, ambos tinham ativado o Attack Mode pela segunda vez, e o holandês voava, enquanto atrás, mais saídas de pista: Mortara batia forte em Alex Lynn e ambos acabavam ali a corrida. Atrás, Massa batia em Turvey e ambos ficavam fora dos pontos. E o Full Course Yellow aparecia pela terceira vez, agora a menos de dez minutos do fim.
Contudo, logo a seguir, entrava em cena o Safety Car, e juntava o pelotão, numa altura em que o sol rompia as nuvens. Este saiu a dois minutos do fim, dando mais uma volta ao pelotão. Frijns manteve a liderança, enquanto atrás, Jerome D'Ambrosio passou Félix da Costa... para travar tarde demais e bater no muro. E com isso, Full Course Yellow pela quarta vez, mas não iria ser assim que acabava a corrida, pois a bandeira verde foi mostrada para os metros finais, sem alterações na classificação.
No campeonato, Frinjs é o novo líder, com 81 pontos, um a mais que André Lotterer, enquanto Félix da Costa é terceiro, com 70, empatado com Lucas di Grassi.
A Formula E volta à ação dentro de duas semanas, a 11 de maio, nas ruas do Mónaco.
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