Os pilotos portugueses têm as suas ambições para a maior prova do rali português. Não só para o lugar de melhor nacional, como também os melhores lugares na classe WRC2. Miguel Barbosa, Ricardo Teodósio, José Pedro Fontes e Bruno Magalhães são quatro pilotos que têm aspirações para a vitória na sua classe, quando faltam dois dias para o inicio do rali.
Começamos com Miguel Barbosa, que tem a ambição de vencer este rali. O piloto do Skoda Fabia R5 deseja vencer para dessa forma reforçar a sua posição na luta pelo título, o seu principal objetivo para esta temporada.
"Vencer o Rally de Portugal é o meu sonho e seguramente o de qualquer piloto. Já por diversas vezes provámos que temos condições para lutar pela vitória em provas do campeonato. Ainda não o conseguimos, mas temos a noção de estar no bom caminho e a equipa tem feito um excelente trabalho", começou por dizer.
"Temos vindo a trabalhar de uma forma muito cuidadosa para que tudo corra da melhor forma possível. Temos adversários muito fortes, mas da nossa parte iremos dar o nosso melhor e lutar para chegar à vitória numa prova que é também uma enorme festa para milhares de fãs dos desportos motorizados. O Rally de Portugal é uma prova emblemática e reconhecida internacionalmente pela qualidade da sua organização e nós queremos contribuir para o sucesso deste grande espetáculo", concluiu.
No caso de Ricardo Teodósio, o piloto algarvio, ganhador de dois dos três primeiros ralis desta temporada, espera ser o melhor neste rali para poder manter a liderança. Contudo, tem plena consciência que este é um rali diferente, bem mais longo e bem mais duro que os restantes ralis do campeonato, incluindo os Açores, que faz parte do Europeu de ralis.
“Sabemos que, depois de termos ganho dois dos três primeiros ralis, a pressão está do lado dos nossos adversários. Eles é que têm de atacar e nós vamos para o Rali de Portugal focados em conseguir mais uma pontuação importante para o nosso campeonato, mesmo que não seja a vitória", começou por dizer.
"Este é um rali duríssimo e imprevisível, não só pela extensão da prova, com mais de 170 kms de troços cronometrados no CPR, mas também porque os troços têm sempre muitas armadilhas, principalmente nas segundas passagens. Toda a equipa está motivada e a fazer um excelente trabalho, por isso queremos continuar este bom momento”, afirmou o piloto algarvio.
Já José Pedro Fontes teve uma contrariedade no inicio desta semana quando a sua navegadora, Inês Ponte, teve de ser internada à custa de uma apendicite, que a obrigou a estar ausente da prova. Assim sendo, Carlos Magalhães vai estar no banco do pendura.
“É injusto para a Inês e para toda a equipa mas, infelizmente, as questões de saúde não escolhem dia nem hora”, começou por comentar, face à ausência da sua habitual navegadora. “Estávamos a trabalhar a fundo para, em conjunto, garantirmos um bom resultado em termos de CPR e tentarmos ser os Melhores Portugueses, mas o súbito ataque de apendicite que a Inês sofreu [na segunda-feira] e que implicou o seu imediato internamento, para operação, obrigou a toda uma mudança de logística. Mais do que tudo, interessa que tudo corra bem e que a Inês recupere rapidamente dessa intervenção cirúrgica a que já foi sujeita ontem”, continuou.
Quanto à escolha do seu substituto, “ela revela-se como uma das melhores alternativas entre os navegadores disponíveis neste momento. Estamos já a trabalhar para que possa estar a par dos desenvolvimentos no seio da equipa e do próprio C3 R5. Fruto da sua vasta experiência nos ralis nacionais e internacionais, acredito que não será nada difícil o nosso entrosamento, rumo aos resultados que definimos para este Vodafone Rally de Portugal.”
Já Bruno Magalhães, que volta a correr neste rali depois de uma ausência de seis anos, para se dedicar à sua carreira no Europeu de ralis, este seu regresso é especial. “Sim, este regresso é um momento especial porque qualquer piloto português quer estar no Rali de Portugal, por tudo o que esta prova significa para o nosso desporto”, começou por referir.
A bordo do Hyundai i20 R5, da Hyundai Portugal, o piloto de Lisboa tem alguns obstáculos pela frente, já que o percurso da prova alterou-se grandemente desde a última vez que a disputou.
“Será a primeira vez que disputo o Rali de Portugal desde o regresso da prova à região Norte, por isso grande parte dos troços serão uma novidade para mim. Por outro lado, senti no Monday Test que demos um passo em frente na afinação do carro após os Açores, e além disso tivemos um bom feeling com os pneus Michelin que são usados no Campeonato do Mundo. É fundamental ter confiança no carro para sermos competitivos ao longo de todo o rali, que deverá ser bastante duro e disputado. Toda a equipa fez um excelente trabalho de preparação e agora só nos resta dar o máximo para tentar entrar na luta pela vitória entre os portugueses”, concluiu.
O Rali de Portugal arranca esta quinta-feira com o shakedown, em Paredes.
O Rali de Portugal arranca esta quinta-feira com o shakedown, em Paredes.
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