No meio da modorra do campeonato de Formula 1, parece que andamos a ver alguns resquícios de 2016. Desta e não é Nico Rosberg, mas sim Valtteri Bottas, o finlandês que, depois de ter sido vulgarizado por Lewis Hamilton em 2018, parece voltar em força e com vontade de provar que tem material para ser campeão. As suas vitórias em Melbourne e Baku o colocaram no comando do campeonato, embora com apenas um ponto de vantagem sobre o seu companheiro de equipa. E isso é, de uma certa forma, o único grande entretenimento, porque toda a gente já sabe quem será o vencedor. Só resta saber se a oposição terá alguma chance ou isto vai ser 21 corridas com a mesma equipa vencedora?
Mas ainda mais, esta é o GP de Espanha, em Montmeló, um circuito que não é conhecido pela sua emoção. Bem pelo contrário. Uma pista modorrenta, sem ultrapassagens de relevo, um pouco o espelho que é esta Formula 1. Contudo, há noticias de que o contrato terminará no final desta temporada e não há boas perspectivas de continuação. Ou seja, 2019 poderá ser o último ano do GP de Espanha e de Montmeló na Formula 1. E se calhar até poderá ser um longo alívio.
A corrida começou com Hamilton a largar melhor que Bottas, conseguindo largar melhor, ao mesmo tempo que Vettel também conseguiu largar bem, ficando lado a lado dos Mercedes, mas perdeu na curva, ao ponto de perder o terceiro posto para Max Verstappen. Atrás, Kimi Raikkonen perdeu aderência na primeira curva e caiu para o último lugar.
Nas voltas seguintes, Hamilton mantinha-se na frente, com os Ferrari a lutarem entre si, com Leclerc a tentar passar Vettel na luta pelo quarto posto. Atrás, na volta sete, António Giovinazzi parava nas boxes para colocar... duros. Perdido por cem, perdido por mil, não é?
Na volta 12, Vettel foi superado por Leclerc para ser quarto, e o monegasco tinha muito para recuperar: mais de onze segundos sobre Bottas. Verstappen estava entre eles, mas andava tranquilo. Nas voltas seguintes, Vettel começava a perder tempo para o Red Bull de Pierre Gasly, antes de ir às boxes para trocar de pneus para duros. Mais tarde, na volta 26, foi a vez de Leclerc colocar duros, uma volta antes de Valtteri Bottas ir às boxes para colocar médios e conseguir menos de três segundos na troca de pneus. Logo a seguir, Hamilton também foi às boxes, para tentar anular alguma possível vantagem do Bottas na corrida.
E a partir dali, tudo voltou à modorra. A corrida parecia mais uma jogada de xadrez, para saber se as jogadas funcionavam ou não. No meio do pelotão, e depois de partir de último, Nico Hulkenberg era o oitavo depois de passar Kevin Magnussen.
Mas a jogada de xadrez compensou para Vettel, pois com os médios, conseguiu aproximar-se de Leclerc para tentar ultrapassar na volta 36 - de novo graças a ordens de equipa - e ser quarto. Depois, foi à caça de Verstappen, que tinha calçado moles, para o lugar mais baixo do pódio, já que os dois primeiros estavam já inalcancáveis.
Vettel entra nas boxes na volta 41, voltando à pista depois de meter pneus médios. Voltou em sexto, dando a chance de Verstappen ir para o pódio. E nem sabíamos sobre as estratégias de Charles Leclerc. Em pouco tempo, o alemão passou Gasly e foi atrás de Leclerc para tentar chegar ao quarto lugar.
Na frente, Bottas ia às boxes na volta 46 para colocar macios, ao mesmo tempo que havia confusão na curva 1: Lando Norris e Lance Stroll bateram, com o canadiano a fechar e evitar a ultrapassagem. Mas a colisão foi inevitável, e o carro laranja ficou parado no meio da pista. Resultado final: Safety Car e todos iam às boxes: Hamilton com macios, e Leclerc ia com médios.
Com todos juntos, queria se saber o tipo de lutas iria acontecer até ao final. Na volta 53, o Safety Car entrou e a corrida recomeçou com Hamilton a manter a liderança de Bottas, e ambos afastaram de Verstappen e Vettel. Gasly tentou ultrapassar Leclerc, mas o francês não conseguiu, apesar de ter dado o melhor. O britânico foi embora do finlandês, e a emoção que isto poderia dar... não aconteceu.
Sem nada a acontecer, o pelotão intermediário era a parte mais interessante. Os Haas lutaam por posição, com Grosjean a lutar pelo oitavo posto com Kevin Magnussen, com ambos a tocarem rodas, enquanto atrás, os Toro Rosso de Saniil Kvyat e o de Alexander Albon, e o McLaren de Carlos Sainz Jr. lutavam pelos últimos lugares pontuáveis. O filho de Carlos Sainz conseguiu levar a melhor sobre o Grosjean, sendo oitavo, com o francês a perder lugares atrás de lugares. Daniil Kvyat era o nono, e o francês defendia-se de Albon para ficar com o último lugar pontuável.
E na frente... tudo na mesma. Hamilton acabou por vencer numa dobradinha da Mercedes com Bottas, enquanto Verstappen ficava com o último lugar do pódio, na frente dos Ferrari, cuja estratégia não foi grande coisa esta tarde. Pierre Gasly foi o sexto e claro, Kevin Magnussen ficou com o lugar de "melhor do resto", ao ser sétimo. E Romain Grosjean resistiu aos ataques de Alexander Albon para ser décimo.
E foi assim esta corrida modorrenta. Se por algum acaso ele desaparecer do calendário quando o contrato terminar, de uma certa forma, não creio que as pessoas tenham saudades, pelo menos das corridas dos últimos anos, pois ganhou esta fama de ser horrível. Passar à história provavelmente poderá ser a melhor conclusão nesta história de Montmeló. Os fãs não vão ter saudades.
A corrida começou com Hamilton a largar melhor que Bottas, conseguindo largar melhor, ao mesmo tempo que Vettel também conseguiu largar bem, ficando lado a lado dos Mercedes, mas perdeu na curva, ao ponto de perder o terceiro posto para Max Verstappen. Atrás, Kimi Raikkonen perdeu aderência na primeira curva e caiu para o último lugar.
Nas voltas seguintes, Hamilton mantinha-se na frente, com os Ferrari a lutarem entre si, com Leclerc a tentar passar Vettel na luta pelo quarto posto. Atrás, na volta sete, António Giovinazzi parava nas boxes para colocar... duros. Perdido por cem, perdido por mil, não é?
Na volta 12, Vettel foi superado por Leclerc para ser quarto, e o monegasco tinha muito para recuperar: mais de onze segundos sobre Bottas. Verstappen estava entre eles, mas andava tranquilo. Nas voltas seguintes, Vettel começava a perder tempo para o Red Bull de Pierre Gasly, antes de ir às boxes para trocar de pneus para duros. Mais tarde, na volta 26, foi a vez de Leclerc colocar duros, uma volta antes de Valtteri Bottas ir às boxes para colocar médios e conseguir menos de três segundos na troca de pneus. Logo a seguir, Hamilton também foi às boxes, para tentar anular alguma possível vantagem do Bottas na corrida.
E a partir dali, tudo voltou à modorra. A corrida parecia mais uma jogada de xadrez, para saber se as jogadas funcionavam ou não. No meio do pelotão, e depois de partir de último, Nico Hulkenberg era o oitavo depois de passar Kevin Magnussen.
Mas a jogada de xadrez compensou para Vettel, pois com os médios, conseguiu aproximar-se de Leclerc para tentar ultrapassar na volta 36 - de novo graças a ordens de equipa - e ser quarto. Depois, foi à caça de Verstappen, que tinha calçado moles, para o lugar mais baixo do pódio, já que os dois primeiros estavam já inalcancáveis.
Vettel entra nas boxes na volta 41, voltando à pista depois de meter pneus médios. Voltou em sexto, dando a chance de Verstappen ir para o pódio. E nem sabíamos sobre as estratégias de Charles Leclerc. Em pouco tempo, o alemão passou Gasly e foi atrás de Leclerc para tentar chegar ao quarto lugar.
Na frente, Bottas ia às boxes na volta 46 para colocar macios, ao mesmo tempo que havia confusão na curva 1: Lando Norris e Lance Stroll bateram, com o canadiano a fechar e evitar a ultrapassagem. Mas a colisão foi inevitável, e o carro laranja ficou parado no meio da pista. Resultado final: Safety Car e todos iam às boxes: Hamilton com macios, e Leclerc ia com médios.
Com todos juntos, queria se saber o tipo de lutas iria acontecer até ao final. Na volta 53, o Safety Car entrou e a corrida recomeçou com Hamilton a manter a liderança de Bottas, e ambos afastaram de Verstappen e Vettel. Gasly tentou ultrapassar Leclerc, mas o francês não conseguiu, apesar de ter dado o melhor. O britânico foi embora do finlandês, e a emoção que isto poderia dar... não aconteceu.
Sem nada a acontecer, o pelotão intermediário era a parte mais interessante. Os Haas lutaam por posição, com Grosjean a lutar pelo oitavo posto com Kevin Magnussen, com ambos a tocarem rodas, enquanto atrás, os Toro Rosso de Saniil Kvyat e o de Alexander Albon, e o McLaren de Carlos Sainz Jr. lutavam pelos últimos lugares pontuáveis. O filho de Carlos Sainz conseguiu levar a melhor sobre o Grosjean, sendo oitavo, com o francês a perder lugares atrás de lugares. Daniil Kvyat era o nono, e o francês defendia-se de Albon para ficar com o último lugar pontuável.
E na frente... tudo na mesma. Hamilton acabou por vencer numa dobradinha da Mercedes com Bottas, enquanto Verstappen ficava com o último lugar do pódio, na frente dos Ferrari, cuja estratégia não foi grande coisa esta tarde. Pierre Gasly foi o sexto e claro, Kevin Magnussen ficou com o lugar de "melhor do resto", ao ser sétimo. E Romain Grosjean resistiu aos ataques de Alexander Albon para ser décimo.
E foi assim esta corrida modorrenta. Se por algum acaso ele desaparecer do calendário quando o contrato terminar, de uma certa forma, não creio que as pessoas tenham saudades, pelo menos das corridas dos últimos anos, pois ganhou esta fama de ser horrível. Passar à história provavelmente poderá ser a melhor conclusão nesta história de Montmeló. Os fãs não vão ter saudades.
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