Barcelona é um sitio chato. Não a cidade, mas sim o seu circuito. Contudo, nestas últimas semanas, soube-se que o GP de Espanha poderia deixar de correr ali por causa dos dinheiros que abasteciam aquele lugar. A câmara da cidade decidiu deixar de financiar o Grande Prémio, e o contrato acaba este ano, sem grandes perspectivas de renovamento. E sem Fernando Alonso na grelha, é provável que a Formula 1 deixe de vir à Península Ibérica, algo do qual não acontece desde... 1983.
Mas por agora, isso são especulações. O que temos este ano é a Formula 1 no circuito onde costuma fazer os seus testes de inverno, e do qual todas as equipas conhecem bem. Tanto que a Williams decidiu trocar os chassis de Robert Kubica e George Russell. Independentemente de quem ficou com o chassis ambos foram os últimos no Q1. E pior: Russell bateu forte durante a primeira qualificação, por causa do despiste de Nico Hulkenberg, que se tinha despistado, mas continuara até às boxes, espalhando destroços pela pista.
No final, para além destes três eliminados, o Alfa Romeo de António Giovinazzi e o Racing Point de Lance Stroll acompanharam-nos no fundo da grelha nesta Q1 de Barcelona.
Na Q2, os carros da Mercedes foram logo para a pista, com os pneus macios, e logo marcaram tempo. Primeiro, Bottas, que fez 1.16,269, mas depois, Hamiltom bateu o recorde da pista, fazendo 1.16,038. Vettel era twerceiro, seguido por Max Verstappen, mas todos estavam muito distantes dos Mercedes, quase inalcançáveis. E os Haas brilhavam, sendo quinto e sétimo, com Charles Leclerc entre eles.
Na segunda fase, os Mercedes voltaram a correr, e desta vez foi Bottas a conseguir ficar com o recorde da pista: 1.15,924. Depois, o pelotão aproveitou a baixou os tempos, causando confusão, porque como sabem, o meio do pelotão é muito competitivo. No final, para além dos Mercedes, Red Bull, Ferrari e Haas, acabou também por ir o carro de Daniil Kvyat e o Renault de Daniel Ricciardo.
Dos que ficaram de fora, ficaram os McLaren de Carlos Sainz Jr, Lando Norris, o Racing Point de Sergio Perez, o Toro Rosso de Alexander Albon e o Alfa Romeo de Kimi Raikkonen.
Para a parte final, a Q3, esta começou com o duelo Hamilton-Bottas. Primeiro, o britânico fez 1.16,040, com o finlandês a seguir, com um tempo canhão de 1.15,406, recorde da pista. Vettel era terceiro, mas oito centésimos atrás deles, quase uma eternidade. E Charles Leclerc estava nas boxes, porque estavam a reparar o seu assoalho, para ter tempo de marcar antes da bandeira de xadrez.
No final, Bottas deu meros 0,6 segundos - um tempo enorme, neste mundo da Formula 1 - sobre Lewis Hamilton, e com esta terceira pole-position consecutiva, parece um piloto em alta e capaz de lutar pelo título, como fez Nico Rosberg em 2016. Sebastian Vettel era terceiro, a mais de um segundo se diferença do finlandês, e na frente de Charles Leclerc, apenas quinto, com Max Verstappen entre eles.
Amanhã, veremos como será a corrida, mas tudo parece que será mais uma vitória para os Flechas de Prata, pois os Ferrari, definitivamente, não tem carro para os apanhar. Até tenho a sensação de que já assistimos a uma temporada de domínio dos carros anglo-alemães...
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