Ontem, muitos recordaram o GP dos Estados Unidos de 2005 e a decisão bizarra de ter apenas seis carros na pista, os da Bridgestone, a alinhar na corrida. Hoje trago a capa de um jornal da minha terra, a "celebrar" o feito do Tiago Monteiro, de ser o primeiro - e até agora, único - português no pódio. E recordar o que andava a fazer por esses dias desse verão.
Por coincidência, tinha entrado em férias nesse mesmo dia, e esperava pelo transporte que iria levar ao local onde iria tirar uma semana de merecido descanso. E recordo de ver o Telejornal a comemorar o feito, com um direto da conferência de imprensa pós-corrida, onde o Tiago, de uma certa forma, aproveitava o momento, apesar da bizarria do momento. O resto estava, no mínimo, embaraçado. E no dia seguinte, as capas dos jornais estavam divididas entre si: por um lado, a comemoração de um feito, por outro, os incidentes que tinham acontecido e deram nos seis carros que partiram - e chegaram ao fim - da corrida. E a indignação do público americano, para ver uma desgraça daquelas no "Brickyard", menos de um mês depois das 500 Milhas. E se calhar poderá ter sido o momento em que Tony George decidiu não renovar o acordo com Bernie Ecclestone depois de 2007, e colocar os Estados Unidos fora da Formula 1 até à construção do Circuito das Américas, em 2012.
No final disto tudo, da discussão entre a FIA, a Formula 1 e a Michelin, decidiu-se que a partir de 2006, com a retirada da firma francesa, a Formula 1 teria um monopólio no fornecimento de pneus, para evitar mais surpresas desagradáveis como esta.
O jornal? Comprei no dia seguinte, no lugar de destino das minhas férias. Guardei-a na minha mochila até ao final, e quando voltei, foi para o meu arquivo, onde está até hoje, e espera que fique por muitos e bons anos.
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