domingo, 16 de junho de 2019

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E chegou ao fim mais uma edição das 24 Horas de Le Mans. Já se sabia quem iria ganhar, mas o mais interessante seria saber se os triunfadores de 2018 seriam os mesmos de 2019. Afinal, acabaram por ser, logo, será interessante falar dos três que acabaram por repetir o lugar mais alto do pódio e serem campeões do mundo da Endurance.

A vitória de Fernando Alonso seria esperada, especialmente depois do fracasso que foi a sua participação nas 500 Milhas de Indianápolis, no mês anterior, mas vê-lo a acabar como campeão do mundo de Endurance, doze anos e meio depois de ter sido campeão na Formula 1, até foi bom para o seu rico palmarés no automobilismo. Depois de ter conseguido esse feito, vai abandonar a equipa da Endurance para fazer outras coisas na vida, mas ele já disse que pretende regressar, para competir na nova classe dos Hipercarros, categoria do qual a Toyota já disse que participará.

Quanto a Kazuki Nakajima, é ótimo voltar a ver num nome tão famoso no Japão no lugar mais alto do pódio e ser campeão, algo que nem o seu pai, nem o seu irmão Daisuke conseguiram, mas Kazuki mostrou que é muito mais que um mero funcionário exemplar da marca, saber ser veloz sem atrapalhar, como também é o seu compatriota, Kamui Kobayashi.

Sebastien Buemi, continua a enriquecer a tradição automobilística suíça, e de uma certa forma, compensa a temporada modesta que está a fazer este ano na Formula E ao serviço da Nissan... rival da Toyota, mas não competem juntos na Endurance. Claro, não saberemos bem como será no futuro, com a tal classe de Hipercarros, mas com a tradição japonesa de competir na Endurance, nunca se sabe.

De resto, foi fantástico ver os carros da classe GTE Pro. Todos aqueles carros, em carreiro, na reta das Hunaudriéres, a rolar a mais de 350 km/hora, juntos a competir por uma posição, ao fim de horas e horas de corrida, é um feito. Os desenvolvimentos técnicos, a resistência dos materiais e os erros feitos pilotos que são logo corrigidos por causa das escapatórias de asfalto, fazem com que esta corrida de resistência seja cada vez mais longas corridas de "sprint", durando oito, dez, doze, catorze e mais horas. Na hora final da corrida, havia quatro ou seis carros na mesma volta do vencedor, demonstrando que as coisas evoluíram muito.

De resto, gloria aos vencedores - com três brasileiros a vencer, cada um na sua categoria! - e parabéns aos que chegaram ao fim. Muitas das vezes, chegar à banderia de xadrez é a maior das vitórias. E ano que vêm, haverá mais.

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