O GP de França é provavelmente um lugar onde esta corrida passará à posteridade como sendo uma sem história, de um campeonato onde uma equipa domina sobre o resto e provavelmente já estaremos a especular onde é que será a festa da consagração do piloto britânico. A minha aposta será na Cidade do México...
Debaixo de um calor estival, a corrida começou com homenagens: a primeira à Renault, por causa dos 40 anos da sua primeira vitória e do motor Turbo, com Jean-Pierre Jabouille a correr no seu Renault RE20, o mesmo carro que lhe deu a vitória em Dijon-Prenois, e depois, a Formula 1 em peso a homenagear Jackie Stewart pelo seus 80 anos - e este ano faz meio século sobre o seu primeiro título - com todos a usarem o chapéu de "tartan", um pouco como tinha Niki Lauda e o seu chapéu vermelho. Felizmente, o escocês ainda esta vivo para podermos celebrar os seus feitos.
E depois das homenagens, o cumprir de calendário. A partida disse tudo: Hamilton saltou para a frente, com Bottas a não conseguir atacá-lo. Atrás, Leclerc, Verstappen os McLaren e Vettel mantiveram as suas posições - já agora, todos partindo com médios - e a partir daqui, as coisas estavam resolvidas, de uma certa forma. Poucas voltas depois, Vettel conseguiu passar Lando Norris para ser sexto. E por esta altura, a diferença entre os dois primeiros era de 2,6 segundos. Logo, tem-se de esperar pelas trocas de pneus, que todos diziam ser uma só vez.
Quando Vettel passou Carlos Sainz Jr, por volta da décima volta, a diferença para Max Verstappen já era de oito segundos, ao mesmo tempo que os comissários penalizavam Sergio Perez por ter saído de pista na primeira volta. Algumas voltas depois, Pierre Gasly - que tinha moles - tinha nos seus espelhos Daniel Ricciardo - com médios - e este não o deixava em paz. Por esta altura, a diferença entre Hamilton e Bottas era de três segundos, e de oito para Leclerc.
Nas voltas 17 e 18, Ricciardo e Gasly trocaram de pneus para os médios... é mantiveram as posições até o australiano o passar na chicane da reta Mistral. A seguir veio Lando Norris trocar de pneus, e na volta 23, Bottas foi às boxes para trocar de médios para duros, uma volta antes de Hamilton. Vettel veio na volta 25 para ter pneus duros, regressando no quinto posto. Depois de todos terem trocado, a diferença entre os dois primeiros era de quase doze segundos. Uma eternidade.
E foi assim até quase ao final da corrida. Com Hamilton a dar "calendários" ao seu companheiro de equipa - dezoito segundos de diferença - o finlandês até teve Charles Lelcerc de novo no pódio, a assustá-lo ao ponto de se esforçar para evitar perder a dobradinha. E atrás, onde até as câmaras tinham ido embora, Daniel Ricciardo e Lando Norris lutavam pela sétima posição, com Kimi Raikkonen e Nico Hulkenberg a envolverem-se por essa posição. O australiano colocou as quatro rodas fora da pista, e o finlandês até andou a ir pela berma também para conseguir ganhar posições.
No final, o australiano conseguiu a posição, mas os comissários andavam atentos, e decidiram chamá-los para terem uma palavra.
De resto, foi assim o GP de França: uma corrida sem história para contar, num campeonato previsível, onde todos já sabem quem vai ganhar, só restando saber onde é que ele será coroado. Semana que vem teremos, provavelmente, mais do mesmo, nas montanhas de Spielberg, na Áustria.
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