domingo, 18 de agosto de 2019

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No mês em que morreu Jean-Paul Driot, o fundador e chefe da DAMS, uma das mais ben sucedidas equipas das categorias de acesso na Formula 1, correndo na Formula 3000, GP2, GP3, e ultimamente na Formula E, entre outros, seria bom grado trazer algo do qual não esteve longe de acontecer, em 1995: um chassis de Formula 1.

DAMS é a sigla de Driot-Arnoux Motorsport. Fundado em 1988 por Driot, René Arnoux e Gilles Gaingault, ente outros, entrou de cara na Formula 3000, vencendo campeonatos com Eric Comas, Olivier Panis e Jean-Chistophe Bouillon. Com todo este sucesso em pouco tempo, o passo seguinte seria tentar a sua sorte na Formula 1. E por pouco, Driot não deu esse passo, porque chegou a fazer um chassis, o DAMS GD-01.

Em 1994, Driot falou com a Reynard para construir esse chassis, e pediu ao desenhado Claude Galopin, que tinha trabalhado na Ligier, e Rob Arnott, da Reynard, para trabalharem nesse chassis. Contudo, nunca houve muito dinheiro para o desenvolver, dado que o dinheiro iria para outras duas equipas francesas, a Ligier e a Larrousse, que não estavam muito bem das pernas - por causa da Lei Evian, que bania a publicidade ao tabaco, a Ligier foi comprada por Flávio Briatore e a Larrousse fechou as portas no final de 1994 - mas no final desse ano, o chassis estava pronto e tinha havido algum desenvolvimento em termos de testes.

Nessa altura, Gerard Larrousse entrou em cena. A equipa, como sabem, não passou de 1994, mas ele tentou o mais que podia para manter em 1995, e isso implicou conversações com Driot no sentido de uma fusão. Contudo, as coisas não resultaram, mas o projeto da DAMS seguiu adiante. No verão de 1995, no circuito de La Sarthe, o carro foi apresentado, com ideias de correr em 1996, Com Comas e Emmanuel Collard como pilotos, o carro foi testado durante algum tempo, enquanto se tentava encontrar mais dinheiro para financiar a entrada da equipa na Formula 1. Contudo, com o tempo, descobriu-se que o chassis, construido de uma forma demasiado prudente, era muito lento, agora que se sabia da entrada da regra dos 107 por cento. Para piorar as coisas, a falta de dinheiro e a falência dos projetos como a Simtek, Forti e Pacific, fez com que no final, abaixasse os braços e não pensasse mais na Formula 1.

Quanto a equipas francesas, com Alain Prost a comprar a Ligier em 1997 e a rebatizá-la, para depois fechar em 2001, foi o prego no caixão do orgulho francês na categoria máxima do automobilismo. Quanto à Reynard, eventualmente iria ter os seus chassis na Formula 1, em 1999, com o projeto da BAR.

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