Nem respiramos depois do que aconteceu em Hockenheim, mas quando soubemos que não iria haver chuva para mexer os cordelinhos do fim de semana húngaro, ficamos tristes. Porque sempre que nos contam que isso não vai acontecer, é sinal de que os Mercedes ficarão com tudo.
Mas depois esquecemos de outras coisas, como o calor, por exemplo. E como isso poderá afetar os desempenhos dos Flechas de Prata. E depois de Paul Ricard, onde todos tiveram vontade de ir embora, o calor fez das suas - bem como a chuva - e o domínio dos Mercedes ficou abalado. E hoje... houve mais história. Como a primeira pole-position de um piloto holandês, o homem do momento: Max, o filho do "Boss", que quando entra no seu carro, este dá-lhe asas.
Mas vamos ao filme do que foi Budapste, a última qualificação antes das férias.
Com o sol a brilhar, os espectadores tinham sido avisados no terceiro treino livre que os carros andavam perto uns dos outros, e que a Red Bull estava a ser melhor do que a Mercedes, com a Ferrari a não ficar muito atrás. Na Q1, a primeira grande surpresa foi a Williams. Motivada pelo seu primeiro ponto na temporada, George Russel queria provar que tinha mais talento que muitos pensem que têm e faz um tempo meio segundo mais veloz... que os Racing Point, especialmente o de Lance Stroll. As coisas até andavam bem para os mais pequenos até a Ferrari meter os seus dois carros em pista. Charles Leclerc tinha feito 1.16,337, na frente dos Mercedes, mas era meramente um aquecimento.
Mas quando ele voltou à pista para uma segunda passagem... bateu. Saiu de pista na entrada da meta e bateu por trás, danificando o seu carro. Conseguiu voltar às boxes, sem saber se teria carro para a Q2. E mais atrás, Russell voltava a surpreender, colocando o seu carro na 14ª posição, o que lhe daria o seu primeiro Q2 de 2019, algo inédito para a Williams. Voltou a melhorar, mas o resto do pelotão também, e acabou por ficar de fora, no 16º posto, mas na frente de Daniel Ricciardo, dos dois Racing Point e de Robert Kubica. Veremos se foi porque o carro melhorou ou porque Russell puxou por si, mas que é uma melhora, é.
Na Q2, as coisas começaram com os Mercedes na pista, com os vermelhos moles. Logo a seguir foram os Mercedes, também com os moles, com Vettel, e logo a seguir, Leclerc, depois de ver que o carro estava suficientemente reparado para poder continuar.
Primeiro, Hamilton fez 1.15,548, seguido por Verstappen e Bottas, depois os Ferrari, e depois, o McLaren de Lando Norris, com um tempo 0,2 segundos mais lento, a incomodar os que estavam na sua frente. E claro, batendo Gasly em toda a linha, o que lhes dava alguma esperança de evolução. Mas também, de um pelotão intermediário que estava tão junto que qualquer melhoria de tempo significava um pulo de alguns lugares e possivel passagem para a Q3, tudo seria possível...
Na parte final, todos melhoraram os seus tempos, mas não o suficiente. Se Kimi Raikkonen conseguiu, no seu Alfa Romeo, outros não tiveram essa sorte, como Nico Hulkenberg, que a ele lhe saiu a "fava" de ser 11º, o primeiro dos excluidos. E a fazer-lhe companhia ficaram o Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi, os Toro Rosso de Alexander Albon e Daniil Kvyat, e o Haas de Kevin Magnussen.
E claro, para a Q3 iam os Red Bull, Mercedes, Ferrari, McLaren, o Alfa de Kimi e o Haas de Romain Grosjean.
Agora, na parte final, os Mercedes começaam as hostilidades sendo os primeiros a entrar na pista, com Bottas a fazer um bom tempo, 10 milésimos na frente de Hamilton, com Verstappen a ser melhor, fazendo 1.14,958 e ficando na frente da tabela de tempos. Os Ferrari seguiam-os, mas sem ameaçar este trio.
Depois de um tempo de pausa, os minutos finais foram preenchidos, e todos queriam saber se era hoje que Max Verstappen iria ter uma pole para ele mesmo comemorar. E a resposta foi... sim, o holandês fe 1.14,572, dezoito milésimos melhor que Valtteri Bottas, que tinha superado Lewis Hamilton, que partia da segunda fila, com Charles Leclerc a seu lado, quase meio segundo atrás do holandês.
Claro, os Países Baixos estão em delírio por mais um feito de Max Verstappen, a terceira nas últimas quatro corridas... OK, três e meio, pois ainda não se sabe o desfecho desta. Mas ele é o homem do mês no pelotão da Formula 1, com duas vitórias e agora, esta pole-position. O piloto que contesta fortemente os Mercedes num domínio que muitos pensavam ser absoluto.
Veremos como será amanhã.
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