Ferdinand Piech, um dos industrialistas mais importantes do sector automóvel, morreu este domingo aos 82 anos de idade. Segundo conta a imprensa, Piech estava num restaurante na Baviera quando se sentiu mal e foi transportado para uma clínica local, onde acabou por morrer. Piech estava reformado desde 2015, quando abandonou o comando do Grupo Volkswagen, que ajudou a tornar-se num dos maiores do mundo, albergando a Porsche, Audi, Seat, Bugatti, Skoda e Lamborghini, entre outros.
Neto de Ferdinand Porsche, Piech nasceu em Viena a 17 de abril de 1937, filho de Anton Piech, um advogado, e Louise Marie Porsche, filha de Ferdinand e quando o seu marido morreu, em 1952, ficou com a representação da Porsche e da Volkswagen na Áustria.
Estudou na Suíça, e a sua tese na Universidade Técnica de Zurique, onde se licenciou em Engenharia Mecânica, em 1962, com uma tese sobre o motor de 1.5 litros que a marca usava para o seu projeto da Formula 1. A seguir, foi para Estugarda, na marca familiar, onde ajudou ao desenvolvimento do 906 e depois, em 1969, do 917, ambos na Endurance e ajudou a que, em 1970, a marca vencesse pela primeira vez as 24 Horas de Le Mans, num carro inscrito pela Porsche Salzburg, a firma chefiada... pela mãe.
Em 1971, mudou-se para Inglostadt, a sede da Audi, onde desenvolveu carros como o 100 e em 1980, o Quattro, o primeiro carro de estrada com quatro rodas motrizes, um projeto que veio do jipe Iltis. Aproveitou para também lançar o carro no Mundial de ralis, onde venceu os títulos de pilotos de 1982, com Walther Rohrl, e de 1984, com Stig Blomqvist. Foi durante esse periodo de tempo que a marca alcançou prestigio não só na Europa como na América do Norte.
Em 1993, passou para a Volkswagen AG, numa altura em que a sorte da marca não estava nas melhores condições. Aparentemente, esta estava a três meses da bancarrota, mas ele conseguiu dar a volta ao assunto, colocando modelos mais luxuosos e mais prestigiosos, fazendo ao mesmo tampo aumentar as vendas, ao ponto de se tornarem reconhecíveis no mercado. Ao mesmo tempo, adquiria outras marcas como a Seat e a Skoda, para criar um grupo tão poderoso como as existentes um pouco por todo o mundo. E de uma certa maneira, resultou: o Grupo Volkswagen e o segundo mais poderoso do mundo, superado apenas pela Toyota. E teve também marcas de prestigio como a Lamborghini e a Bugatti.
Piech esteve ao leme da marca até 2002, mas depois de sair, esteve no Conselho de Administração, que o manteve até 2015. Curiosamente, no meio disto tudo, nunca foi o presidente da Porsche porque os estatutos tinham sido alterados para que nenhum membro da familia fundadora estivesse por lá, nem como membro do Conselho de Administração. Contudo, poderiam ter uma percentagem das ações, e Piech era detentor de 10 por cento.
Estudou na Suíça, e a sua tese na Universidade Técnica de Zurique, onde se licenciou em Engenharia Mecânica, em 1962, com uma tese sobre o motor de 1.5 litros que a marca usava para o seu projeto da Formula 1. A seguir, foi para Estugarda, na marca familiar, onde ajudou ao desenvolvimento do 906 e depois, em 1969, do 917, ambos na Endurance e ajudou a que, em 1970, a marca vencesse pela primeira vez as 24 Horas de Le Mans, num carro inscrito pela Porsche Salzburg, a firma chefiada... pela mãe.
Em 1971, mudou-se para Inglostadt, a sede da Audi, onde desenvolveu carros como o 100 e em 1980, o Quattro, o primeiro carro de estrada com quatro rodas motrizes, um projeto que veio do jipe Iltis. Aproveitou para também lançar o carro no Mundial de ralis, onde venceu os títulos de pilotos de 1982, com Walther Rohrl, e de 1984, com Stig Blomqvist. Foi durante esse periodo de tempo que a marca alcançou prestigio não só na Europa como na América do Norte.
Em 1993, passou para a Volkswagen AG, numa altura em que a sorte da marca não estava nas melhores condições. Aparentemente, esta estava a três meses da bancarrota, mas ele conseguiu dar a volta ao assunto, colocando modelos mais luxuosos e mais prestigiosos, fazendo ao mesmo tampo aumentar as vendas, ao ponto de se tornarem reconhecíveis no mercado. Ao mesmo tempo, adquiria outras marcas como a Seat e a Skoda, para criar um grupo tão poderoso como as existentes um pouco por todo o mundo. E de uma certa maneira, resultou: o Grupo Volkswagen e o segundo mais poderoso do mundo, superado apenas pela Toyota. E teve também marcas de prestigio como a Lamborghini e a Bugatti.
Piech esteve ao leme da marca até 2002, mas depois de sair, esteve no Conselho de Administração, que o manteve até 2015. Curiosamente, no meio disto tudo, nunca foi o presidente da Porsche porque os estatutos tinham sido alterados para que nenhum membro da familia fundadora estivesse por lá, nem como membro do Conselho de Administração. Contudo, poderiam ter uma percentagem das ações, e Piech era detentor de 10 por cento.
Homem difícil de trabalhar - tinha tanto de genial como de autocrata - era disléxico e ateu. Casou-se por quatro vezes e teve doze filhos. Um deles, Anton Piech, seguiu os passos da familia e fundou em 2017 a sua própria marca de automóveis, a Piech Automotive, com o intuito de construir carros elétricos, cujo primeiro carro, o Mark Zero, foi intensamente criticado... pelo seu pai. Contudo, foi ele que, uma década antes, praticamente foi o grande apoiador - contra tudo e contra todos - do Bugatti Veyron, o primeiro carro com mais de mil cavalos de potência, até que foi produzido. Hoje em dia, Piech tinha dois, um para ele e outro para a sua atual mulher. De uma certa maneira, sentiu-se vingado. Ars lunga, vita brevis, Ferdinand.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...