Depois da qualificação, não havia tempo a perder. Os carros acidentados foram reparados, limpos e preparados para poderem alinhar na grelha, o circuito enchia-se com os fãs que tinham os bilhetes e que conseguiram chegar ao circuito, ente os destroços que o tufão Hagibis tinha deixado, com o seu preço em termos humanos e materiais. Apesar de tudo o que tinha passado, os fãs continuavam a torcer pelos seus ídolos, e Suzuka continuava a ser aquela pista mítica para todos os que gostam de automobilismo.
E à hora marcada, debaixo de um céu azul, havia Grande Prémio. Ninguém poderia imaginar que 24 horas antes, tinha passado um tufão por ali...
A partida foi complicada. Primeiro, o carro de Sebastian Vettel mexeu-se em alguns milímetros antes das luzes se apagarem, dentro do limite do tolerável. Mas foi o suficiente para Valtteri Bottas acelerar e passá-lo antes da primeira curva. Poucos metros depois, Charles Leclerc, que queria ganhar vantagem, tocou fortemente no carro de Max Verstappen na primeira curva, acabando com a corrida do holandês, que se despistou, e danificou a asa do monegasco, que se arrastou até às boxes, largando pedaços de carbono na pista. O holandês terminou ali a sua corrida, e Vettel estava sozinho perante os Mercedes, e isso teria consequências.
Leclerc trocou a asa, meteu médios e começou a cavalgar na classificação, tentando menorizar os prejuízos. Na frente, Vettel controlava a corrida, mas não conseguia afastar dos Flechas de Prata, com o pessoal nas boxes a ter decidido dividir as estratégias, para ver se assim poderiam chegar à dobradinha e os pontos necessários para conseguir o título de Construtores.
Por volta da volta 17, as primeiras paragens. Vettel foi o primeiro a parar, e depois Bottas, e com isso, Leclerc consegue entrar nos pontos, no nono posto. Aparentemente, Bottas poderia fazer duas paragens, para ser sacrificado por causa das estratégias diferentes que a Mercedes poderia fazer, mas nessa altura, Vettel já era terceiro, ainda com moles, esse tipo de pneus que via o seu ritmo baixar bastante. Hamilton entrou para colocar médios na volta 21, e era terceiro, na frente de Sainz Jr. O líder era Bottas, e tinha onze segundos de vantagem sobre Vettel.
Hamilton tentava apanhar o alemão na pista, apesar de saber que ambos os seus pilotos iriam ter de parar uma segunda vez. Na volta 32, Vettel voltava a trocar de pneus, colocando médios, e regressava em terceiro, atrás dos Mercedes. Provavelmente a dobradinha era uma certeza, mas a diferença para os dois carros cinzentos era de treze segundos, com Bottas na frente.
O finlandês parou na volta 37, colocando moles e voltando na segunda posição, atrás de Hamilton, a nove segundos. Em termos de colocação, estava a meio caminho entre o britânico e o alemão. E os três tinham um ritmo superior a Alex Albon, o quarto no seu Red Bull, com Sainz Jr e Leclerc não muito longe do anglo-tailandês.
A dez voltas do fim, Hamilton trocou para moles, caindo para terceiro, a cerca de cinco segundos de Vettel, e decidiu partir ao ataque, apesar de ter uma distância de 15 segundos. Na volta 47, o inglês estava colado na traseira de Vettel, ao mesmo tempo que Leclerc tinha parado para trocar a médios e fazer a volta mais rápida.
A parte final foi de ficar sentado no sofá. Hamilton atacava Vettel, mas o Ferrari era veloz nas retas, suficiente para evitar que o inglês passasse, mas havia momentos em que o piloto da Mercedes ficava colado na sua traseira. Com isso, Bottas afastava-se e ganhava tranquilo a corrida, mas todos queriam ver como é que isto iria acabar. Acabou com Vettel a manter a posição, e Hamilton ficava com a medalha de bronze, na frente de Albon, Sainz Jr. e Leclerc. Mas os Flechas de Prata comemoravam na mesma, porque, mais que Bottas saia como vencedor, eles tinham novamente o campeonato de Construtores.
Mais tarde, a secretaria iria baralhar as contas. Primeiro, marcou a classificação uma volta antes, contando o nono posto de Sergio Perez, que se despistara na primeira curva depois de um toque no carro de Daniil Kvyat. Depois, a organização decidiu penalizar Leclerc em quinze segundos por causa do acidente com Verstappen e subsequentes manobras nas boxes, acompanhada de uma multa de 25 mil dólares.
Mais tarde, a secretaria iria baralhar as contas. Primeiro, marcou a classificação uma volta antes, contando o nono posto de Sergio Perez, que se despistara na primeira curva depois de um toque no carro de Daniil Kvyat. Depois, a organização decidiu penalizar Leclerc em quinze segundos por causa do acidente com Verstappen e subsequentes manobras nas boxes, acompanhada de uma multa de 25 mil dólares.
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