Todas as corridas são diferentes. Quer pelo cenário, desenho da pista e o ambiente humano. Mas a clássica Cidade do México - um circuito construído em 1962 - tem mais uma coisa: a altitude. A mais de 2200 metros, os carros respiram um pouco pior, compensado com a potência dos Turbos. E ainda por cima nesta fim de semana, a colocação da corrida no calendário e o enorme calor humano dos locais fazem com que esta seja a "tal corrda", a que pode dar a Lewis Hamilton mais um título mundial.
E até o adiantado da hora no fuso horário, graças às sete horas de diferença em relação à Europa, fazem alegrar os que assistem à corrida. Mas não o boletim meteorológico, do qual muitos falavam que poderia chover, pelo menos neste sábado, não aconteceu.
A hora do começo da qualificação, a pista e o tempo estavam secos. Os pilotos iam para a pista com pneus moles, mas George Russell queixava-se de que os pneus não aqueciam. Cedo, os tempos foram marcados, e Romain Grosjean mostrou-se... despistando no final da reta da meta.
Sebastian Vettel foi o primeiro dos da frente a marcar tempo, com 1.16,859, antes de Alex Albon fazer 1.16,175, quase três décimos na frente de Lewis Hamilton. Só que Max Verstappen fez 1.15,949, mostrando que os Red Bull tinham chassis bom para esta pista.
No final da Q1, para além dos Williams, os Haas estavam a ter dificuldades, pois marcavam tempos mas não os suficiente para sair da cauda do pelotão. E no final, eles ficaram também de fora. E para a última vaga, a "fava" saiu a Lance Stroll.
Na Q2, continuando o tempo seco - e pelos vistos, será assim no resto da qualificação - muitos continuam a usar os pneus moles, excepto os Ferrari, Red Bull e Mercedes, com médios, e usando a potencia do motor para compensar. Vettel fez 1.15,914 e estava no topo da tabela de tempos. Na parte final desta fase, Hamilton faz 1.15,751, com Ferrari e Red Bull "a tirarem o pé" e entre os que ficaram de fora, foram o Racing Point de Sergio Perez, por oito milésimos de segundo (!) os dois Renault de Daniel Ricciardo e Nico Hulkenberg, e os dois Alfa Romeo, de Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi.
E com Red Bull, Mercedes e Ferrari a lutarem pelos primeiros lugares, com McLaren e Toro Rosso atrás. E cedo marcaram tempos, com Verstappen a fazer 1.14,910, seguido por Leclerc e Vettel. Mas o que interessa era a volta final, e deu nisto: num anticlimax, onde Valtteri Bottas bateu forte na segunda parte da Peraltada e os tempos ficaram prejudicados. Mas isso não impediu que o holandês acabasse a conseguir a pole-position, a segunda do ano para o holandês. E os Ferrari logo atrás, com Hamilton a ser um mero quarto classificado, na frente de Albon e Bottas.
Assim acabara a qualificação para a corrida mexicana. Amanhã há mais, e todos terão a certeza que valerá a pena.
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