Por muito que o automobilismo não queira ter a ver com politica, não pode fugir dela. E isso se passa por estes dias na Catalunha, onde na segunda-feira, a população está a sair à rua às centenas de milhares da cada vez, depois da sentença aplicada aos líderes independentistas, o mais duro dos quais foi a Oriol Junqueras, condenado a treze anos de prisão pelo crime de sedição. E desde esse dia, vemos nos telejornais o que se passa: manifestações diárias em Barcelona e noutras cidades, muitas delas acabando em confrontos com a policia.
E a isso poderá não escapar os acontecimentos desportivos. O Barcelona-Real Madrid, marcado para o dia 26, à uma da tarde, poderá ou ser alterado ou adiado, e o Rali da Catalunha, cuja partida é em Salou, não muito longe da cidade condal, poderá ser afetado.
Apesar de hoje ter sido a conferência de imprensa do rali e de todos terem passado um ar de normalidade perante os acontecimentos, com Amán Barfull, o Director Desportivo do RACC, a assegurar que "em caso algum ponderamos a anulação da prova", não deixa de haver preocupações.
"Se tivéssemos uma super-special em Barcelona, possivelmente teríamos problemas. Como este ano não se faz, não estamos preocupados," revelou Barfull, que não excluiu contudo a necessidade de ter de cancelar um ou outro troço durante a prova, caso as circunstâncias se perfilem nesse sentido.
O Rali da Catalunha, penúltima prova do mundial de ralis de 2019, disputa-se de 24 a 26 de Outubro e poderá ser o local onde Ott Tanak se sagre campeão do mundo do WRC, ao volante do seu Toyota Yaris WRC.
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