No quesito dos novos circuitos, Hermann Tilke é um "alvo a abater", e quase nunca se ouve um resposta por parte de ele mesmo. Pois bem, Tilke falou agora, um pouco para defender a razão porque certos circuitos estão a ser desenhados de determinada maneira. E ele afirmou que em muitos casos, ele não tem uma folha em branco para desenhar.
“Nunca temos uma folha limpa para desenhar”, começou por dizer Tilke. “Mas existem directrizes: existe a terra da qual não somos proprietários, a história deve ser respeitada, a altitude e também outros elementos, como a filosofia do ‘feng shui’ em Xangai. Existem regras de segurança que evoluíram e Imola ensinou-nos isso com Ayrton Senna. Há também os custos, os investidores querem instalações multiusos. As despesas para um circuito de Fórmula 1 variam de 100 milhões a mil milhões, como é o caso de Abu Dhabi, que incorpora um hotel.”
Tilke acrescentou que Sochi terá sido um dos seus maiores desafios - o circuito está situado no meio do parque olímpico - enquanto Hanói, a capital do Vietname e que entrará em 2020, também ofereceu obstáculos a serem superados.
“Sochi foi provavelmente o projecto mais difícil. Tivemos que inseri-lo no parque dos Jogos de Inverno de 2014, não foi fácil. Em Hanói, esperamos estar prontos para o próximo ano, o tempo disponível é curto, mas estamos habituados. É um desafio interessante, especialmente para uma configuração que exige que usemos quase 70 por cento das estradas normalmente abertas ao tráfego e as demais completamente novas. Duas retas curtas, uma muito longa por 1,5 quilómetros, algumas curvas muito rápidas que não são comuns nos circuitos da cidade”, concluiu.
Bem vistas as coisas, tem de se dizer que quase todas as pistas fora da Europa são um exclusivo "tilkeano" e poucas são aquelas que proporcionam corridas excitantes. E quando acontece, não tem a ver com a pista em si, mas tem a ver com os carros e os pilotos. E em contraste, são as clássicas que proporcionam as corridas mais interessantes este ano, com a excepção de Paul Ricard. Pode ser porque têm escapatórias mais pequenas ou quando há, são de gravilha, em vez do asfalto típico.
Mas também foi Tilke que desenhou excelentes circuitos como o de Kurtkoy, na Turquia, agora fora do calendário da Formula 1, e Austin, que este ano passou a estar no calendário da IndyCar Series. De uma certa forma, nem tudo é desperdício, embora o facto de ter desenhado mais de uma dezena de circuitos - não se conhece quem tenha desenhado tantos circuitos - o fazem um alvo fácil.
Mas também foi Tilke que desenhou excelentes circuitos como o de Kurtkoy, na Turquia, agora fora do calendário da Formula 1, e Austin, que este ano passou a estar no calendário da IndyCar Series. De uma certa forma, nem tudo é desperdício, embora o facto de ter desenhado mais de uma dezena de circuitos - não se conhece quem tenha desenhado tantos circuitos - o fazem um alvo fácil.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...