No passado dia 21 de novembro, fui enfim a uma sala de cinema na cidade onde moro para poder ver "Le Mans'66, o Duelo", ou "Ford vs Ferrari". O filme, realizado por James Mangold, tem Christian Bale no papel de Ken Miles, e Matt Damon no de Carrol Shelby, o homem que fez os Cobra e apimentou o Mustang, que o chamou de "carro de secretária", quando foi apresentado ao bólido que iria marcar uma geração.
Mas o bólido que domina o filme é o GT40, o carro que tem esse nome por causa da sua distância ao chão - 40 polegadas - e porque é o resultado de um desafio lançado por Enzo Ferrari, quando Henry Ford II quis comprar a Scuderia, e o Commendatore diz não, depois de ver as condições que apresentavam no seu contrato.
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Para além disso, a história também seria uma história americana. De quando eles eram os "underdogs" e bateram uma equipa europeia dominante, no seu próprio quintal, na Europa. E em 1966, a prova com mais prestígio eram as 24 Horas de Le Mans, ainda antes da Formula 1 tomar conta das antenas e as mentes dos fãs do mundo inteiro. Não se vê a história do lado da Ferrari, é por isso que não se vê um dos pilotos mais importantes da altura, o britânico John Surtees.
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E é isso o que este filme se trata: a relação humana entre duas personagens que tiveram carreiras no automobilismo, e que fizeram parte de uma das maiores aventuras automobilísticas, numa altura em que o céu era o limite. Nos anos 60, queriam ir á Lua e ter os carros mais potentes de estrada. Há uma cena onde Lee Iaccoca fala sobre isso numa reunião da Ford, que começa com "Sabem o que fizeram os nossos homens quando voltaram da guerra? Fizeram bebés. E agora eles chegam ao final da adolescência com dinheiro no bolso para comparar carros velozes". É essa a essência do filme: capturar um tempo despreocupado que não volta mais. (...)
Este foi o mês em que lançaram "Ford vs Ferrari", o filme de James Mangold, o segundo filme "hollywoodiano" sobre automobilismo em menos de uma década. Era um filme antecipado por muitos que aproveitaram para ver o filme assim que puderam. E como disse ali em cima, saí da sala completamente satisfeito por assistir a um bom filme, apesar de saber que seria uma história americana, com um argumento hollywoodiano, e que não estragou muito a história real. e sendo uma história americana, fixou-se na relação entre duas pessoas que ajudaram muito na concretização do objetivo: Carrol Shelby, antigo piloto e depois construtor, e Ken Miles, um britãnico que emigrou para a California e ajudou a desenvolver os GT40 até morrer, num acidente de testes em agosto de 1966, a testar a versão J do GT40.
Nesse campo, o filme foi excelente, e ambos os atores fizeram bem os seus papéis, bem como alguns dos secundários. Desconhece-se se irá entrar na corrida para os prémios da Academia, os Óscares, mas há quem garanta que sim. Isso só veremos no inicio do ano que vêm.
Para ler o resto, sigam o link para o Nobres do Grid.
Para além disso, a história também seria uma história americana. De quando eles eram os "underdogs" e bateram uma equipa europeia dominante, no seu próprio quintal, na Europa. E em 1966, a prova com mais prestígio eram as 24 Horas de Le Mans, ainda antes da Formula 1 tomar conta das antenas e as mentes dos fãs do mundo inteiro. Não se vê a história do lado da Ferrari, é por isso que não se vê um dos pilotos mais importantes da altura, o britânico John Surtees.
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E é isso o que este filme se trata: a relação humana entre duas personagens que tiveram carreiras no automobilismo, e que fizeram parte de uma das maiores aventuras automobilísticas, numa altura em que o céu era o limite. Nos anos 60, queriam ir á Lua e ter os carros mais potentes de estrada. Há uma cena onde Lee Iaccoca fala sobre isso numa reunião da Ford, que começa com "Sabem o que fizeram os nossos homens quando voltaram da guerra? Fizeram bebés. E agora eles chegam ao final da adolescência com dinheiro no bolso para comparar carros velozes". É essa a essência do filme: capturar um tempo despreocupado que não volta mais. (...)
Este foi o mês em que lançaram "Ford vs Ferrari", o filme de James Mangold, o segundo filme "hollywoodiano" sobre automobilismo em menos de uma década. Era um filme antecipado por muitos que aproveitaram para ver o filme assim que puderam. E como disse ali em cima, saí da sala completamente satisfeito por assistir a um bom filme, apesar de saber que seria uma história americana, com um argumento hollywoodiano, e que não estragou muito a história real. e sendo uma história americana, fixou-se na relação entre duas pessoas que ajudaram muito na concretização do objetivo: Carrol Shelby, antigo piloto e depois construtor, e Ken Miles, um britãnico que emigrou para a California e ajudou a desenvolver os GT40 até morrer, num acidente de testes em agosto de 1966, a testar a versão J do GT40.
Nesse campo, o filme foi excelente, e ambos os atores fizeram bem os seus papéis, bem como alguns dos secundários. Desconhece-se se irá entrar na corrida para os prémios da Academia, os Óscares, mas há quem garanta que sim. Isso só veremos no inicio do ano que vêm.
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