Este carro esteve longe dos olhares do público por 40 anos. Steve McQueen queria-o e tentou, por duas vezes, tê-lo. Mas o dono recusou a oferta. E como esteve tanto tempo sem saber do paradeiro que se temia ter sido perdido para sempre. Mas não. Este Mustang Fastback de 1968 reapareceu em 2017, no Kentucky, quando o filho do dono decidiu tirá-lo da garagem e o colocar a andar, sem renovações. E quando apareceu, no Detroit Auto Show de 2018, com a ajuda da própria Ford, foi uma sensação por todo o mundo.
Pois bem: o carro que esteve numa garagem por 40 anos foi agora vendido por 3,4 milhões de dólares na Florida. Foi o Mustang mais caro de sempre e o seu comprador é anónimo.
Sobre o carro, falei dele há uns meses por aqui, e claro, sobre este leilão. A história é relativamente simples: Em 1974, Robert Kiernan comprou o Mustang a um policia em New Jersey, que o levou para a sua casa. Kiernan manteve-o na sua garagem e três anos depois, o próprio McQueen foi a sua casa, com intenções de o comprar. Deu-lhe uma oferta que não poderia recusar... mas recusou.
McQueen morreu em outubro de 1980, com 50 anos, vítima de cancro. Kiernan viveu mais 34 anos, e o carro ficou na garagem depois de ele morrer, mas o seu filho, Sean Kiernan, decidiu que era a melhor altura de sair da garagem e ser apreciado pelo mundo, ainda por cima já circulava fortemente o mito urbano de que os carros já estavam destruídos. E já se tinham construído e modificado milhares de réplicas do Mustang Fastback, pintados em Higland Green e alguns deles com a matrícula que Bullit usava no filme.
É para verem até que ponto que em uma geração, o mito cresceu.
No final, é um pedaço de história que mudou de mãos. Valeu o que valeu, mas irá provavelmente para mais uma coleção privada, e por muitos anos no futuro, ficará como estava antes: numa garagem, com poucos a terem o privilégio de o poderem ver. Um pouco irónico, não acham?
É para verem até que ponto que em uma geração, o mito cresceu.
No final, é um pedaço de história que mudou de mãos. Valeu o que valeu, mas irá provavelmente para mais uma coleção privada, e por muitos anos no futuro, ficará como estava antes: numa garagem, com poucos a terem o privilégio de o poderem ver. Um pouco irónico, não acham?
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