Lembrar-se destas coisas, a meio de uma pandemia mundial, até é um feito. Mas até nem eu poderia deixar passar isto de lado, por causa da data redonda. Do que aconteceu e das circunstancias desse facto.
A 11 de março de 1990, em Vilnius, na Lituânia, o parlamento local decidiu restaurar a sua independência, retirada pela (então) União Soviética cinquenta anos antes. Só ano e meio depois é que se efectivou, mas no dia em que isso acontecia, no outro lado do Atlântico, no outro lado da América, quase no Pacífico, acontecia o GP dos Estados Unidos, num circuito sem história no centro de Phoenix, no Arizona.
Por ali, são raros os dias de chuva. Mas aconteceu. Choveu no sábado, e os tempos de sexta-feira foram os que contaram. Foi por isso que Pierluigi Martini conseguiu a sua melhor posição de sempre, com um segundo lugar, na frente de Andrea de Cesaris, no seu Dallara, Olivier Grouillard conseguiu um oitavo com o seu Osella, Roberto Moreno um 16º posto com o seu Eurobrun, tudo resultados... excêntricos. E os dois italianos ficaram na frente de Ayrton Senna! Em contraste, Nigel Mansell foi 17º e Alessandro Nannini 21º.
Mas não foi a grelha excêntrica que queria falar. Era sobre o dia em que um talento mostrou do que era capaz com uma máquina modesta. Jean Alesi, quarto na grelha de Phoenix, tinha chegado como um cometa a meio de 1989, e começou logo com um quarto posto em Paul Ricard, no seu Tyrrell. O francês, que corria pela equipa de Eddie Jordan na Formula 3000, não tinha passado despercebido pelo olho treinado de Ken Tyrrell, e conseguiu oito pontos na sua meia temporada e um nono posto no campeonato, enquanto era campeão na categoria mais abaixo.
Em Phoenix, ainda com a velha máquina - o 019 só iria aparecer em Imola - Alesi decidiu aproveitar o azar de Gerhard Berger para liderar a corrida. Parecia que iria ser um soluço, até que outros mais fortes o apanhassem, como Senna. Mas quando o brasileiro chegou perto, o francês reagiu. Reagiu ficando em frente a Senna por 25 voltas, com um mero motor Ford V8 contra o Honda V10 que o McLaren tinha. E à medida que as voltas passavam, as pessoas admiravam aquilo que ele fazia.
No primeiro ataque, Alesi se defendeu bem, mantendo a liderança, mas na segunda tentativa, o brasileiro conseguiu. Ele foi-se embora, mas o segundo lugar final não só lhe deu o seu primeiro pódio da sua carreira como o primeiro pódio da marca desde o GP do México, no ano anterior, quando Michele Alboreto tinha sido terceiro.
Alesi pode não ter vencido, mas naquela tarde de Phoenix, mostrou que era capaz com um carro inferior aos McLaren, Ferrari, Williams e Benetton. O futuro se iluminou para ele.
A 11 de março de 1990, em Vilnius, na Lituânia, o parlamento local decidiu restaurar a sua independência, retirada pela (então) União Soviética cinquenta anos antes. Só ano e meio depois é que se efectivou, mas no dia em que isso acontecia, no outro lado do Atlântico, no outro lado da América, quase no Pacífico, acontecia o GP dos Estados Unidos, num circuito sem história no centro de Phoenix, no Arizona.
Por ali, são raros os dias de chuva. Mas aconteceu. Choveu no sábado, e os tempos de sexta-feira foram os que contaram. Foi por isso que Pierluigi Martini conseguiu a sua melhor posição de sempre, com um segundo lugar, na frente de Andrea de Cesaris, no seu Dallara, Olivier Grouillard conseguiu um oitavo com o seu Osella, Roberto Moreno um 16º posto com o seu Eurobrun, tudo resultados... excêntricos. E os dois italianos ficaram na frente de Ayrton Senna! Em contraste, Nigel Mansell foi 17º e Alessandro Nannini 21º.
Mas não foi a grelha excêntrica que queria falar. Era sobre o dia em que um talento mostrou do que era capaz com uma máquina modesta. Jean Alesi, quarto na grelha de Phoenix, tinha chegado como um cometa a meio de 1989, e começou logo com um quarto posto em Paul Ricard, no seu Tyrrell. O francês, que corria pela equipa de Eddie Jordan na Formula 3000, não tinha passado despercebido pelo olho treinado de Ken Tyrrell, e conseguiu oito pontos na sua meia temporada e um nono posto no campeonato, enquanto era campeão na categoria mais abaixo.
Em Phoenix, ainda com a velha máquina - o 019 só iria aparecer em Imola - Alesi decidiu aproveitar o azar de Gerhard Berger para liderar a corrida. Parecia que iria ser um soluço, até que outros mais fortes o apanhassem, como Senna. Mas quando o brasileiro chegou perto, o francês reagiu. Reagiu ficando em frente a Senna por 25 voltas, com um mero motor Ford V8 contra o Honda V10 que o McLaren tinha. E à medida que as voltas passavam, as pessoas admiravam aquilo que ele fazia.
No primeiro ataque, Alesi se defendeu bem, mantendo a liderança, mas na segunda tentativa, o brasileiro conseguiu. Ele foi-se embora, mas o segundo lugar final não só lhe deu o seu primeiro pódio da sua carreira como o primeiro pódio da marca desde o GP do México, no ano anterior, quando Michele Alboreto tinha sido terceiro.
Alesi pode não ter vencido, mas naquela tarde de Phoenix, mostrou que era capaz com um carro inferior aos McLaren, Ferrari, Williams e Benetton. O futuro se iluminou para ele.
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