Hoje, dia 4 de março, os eventos que estão a ser modificados por causa do coronavirus estão a aparecer em catadupa, mostrando que a situação, apesar de estar controlada em alguns locais, especialmente na China (dos mais de 94 mil casos declarados, 51 mil estão curados), continua sem controlo noutros lugares, porque a epidemia ainda está no seu começo e ainda não alcançou o auge.
E um desses países que está nessa fase é a Itália, país que tem jais casos na Europa. Ontem à noite, um conselho cientifico italiano recomendou ao governo para que cancele todos os eventos desportivos durante trinta dias. O primeiro ministro Conte ainda não se pronunciou sobre esse caso, mas o ePrix de Roma acontece no dia 4 de abril, daqui a precisamente... um mês. Para já, o governo decidiu apenas manter fechadas as escolas, e alargou esse encerramento às universidades, não só das zonas afetadas como a Lombardia, como de outros lugares onde a pandemia ainda não foi atingida de maneira mais forte.
Entretanto, esta quarta-feira, o WTCR, o Mundial de turismos, decidiu cancelar os dois dias de testes que tinha marcado para os dias 24, 25 e 26 de março, no circuito espanhol de Motoland Aragon, devido ao surto, que em Espanha já anunciou 213 casos, com uma morte confirmada. A Eurosport Events, promotora da competição, tomou a decisão para evitar qualquer risco desnecessário à saúde dos envolvidos - pilotos, equipas, fornecedores, membros dos media e da comunidade em geral.
Eles afirmam que um teste de substituição acontecerá antes da ronda inaugural, no Hugaroring, que acontecerá no fim de semana de 24 a 26 de abril.
Também hoje, a FIA, através de Ross Brawn, já veio a público dizer "ou vão todos, ou não vai ninguém", ou seja, vão defender a Ferrari e as outras equipas.
“Se uma equipa é impedida de entrar num país, não podemos ter uma corrida”, disse Brawn em declarações captadas pela Reuters. “Obviamente, se uma equipa fizer a escolha para não ir a uma corrida, a decisão é deles. Mas se uma equipa é impedida de ir a uma corrida por causa de uma decisão do país, é difícil ter uma competição justa”.
“É uma situação muito séria, então não quero subestimá-la”, reconheceu. “Mas estamos a tentar fazer corridas. Temos que fazê-las de forma responsável. Estamos minimizando o número de pessoas no paddock, solicitando às equipas que enviem um número mínimo de pessoas necessárias para uma corrida”, concluiu.
Logo, com o Bahrein e o Vietname a colocar barreiras à entrada de italianos aos seus países, são colocados com este dilema: ou abrem excepções, ou decidem cancelar as corridas, em nome da saúde pública.
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