Ayrton "Lolô" Cornelsen, arquitecto e desenhador de autódromos, morreu na passada quinta-feira aos 97 anos de idade, de causas naturais. Cornelsen desenhou autódromos em três continentes, e duas das suas pistas, Estoril e Jacarépaguá, acolheram provas do mundial de Formula 1. Para além disso, desenhou o autódromo de Goiânia.
Nascido a 7 de julho de 1922 em Curitiba, foi futebolista na sua juventude, tendo jogado pelo Athletico Paranaense e ajudou a desenhar um símbolo novo no seu clube. Formado em Engenharia Civil na Universidade Federal do Paraná em 1949, começando a trabalhar para o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, do qual se tornou diretor. Ali, começou a fazer, sobretudo, obras de infra-estruturação, como estradas e hotéis. Também projetou estádios como o Mineirão, em Belo Horizonte, e o Couto Pereira, em Curitiba.
Nos anos 70, começa a fazer as obras dos quais irá ser famoso. E tudo graças à amizade com Fernanda Pires da Silva. Em 1967, tinha desenhado o Autódromo Internacional de Goiânia, que se tornou numa das melhores infraestruturas desportivas de então, e ela o escolheu para desenhar autódromos em dois continentes. O primeiro, em Portugal - foi uma das suas primeiras obras no estrangeiro - e outra em Luanda, então colónia portuguesa. Ambos os circuitos foram construídos ao mesmo tempo e foram inaugurados com 21 dias de diferença, em 1972.
O circuito angolano era a primeira etapa de um projeto maior que implicava a construção de outras estruturas como hotéis, bungalows e um casino. E foi ali que idealizou a escapatória de gravilha, graças ao aproveitamento de casas demolidas na zona. A pista poderia acolher a Formula 1 e Emerson Fittipaldi visitou-a, elogiando o projeto. Contudo, a agitação após o 25 de abril, a independência e a guerra civil que assolou aquele país e que terminou em 2002 fez abortar o projeto, e a pista ficou abandonada por muito tempo. Um destino totalmente diferente do Estoril, que albergou a Formula 1 de 1984 a 1996.
Pouco depois, em 1977, pediu-se a Cornelsen se poderia renovar totalmente uma pista que havia nos arredores do Rio de Janeiro. Era Jacarépaguá, e o objetivo era um só: receber a Formula 1. O projeto foi concluído em um ano e em 1978, recebia o primeiro Grande Prémio, e iria continuar assim entre 1981 e 89, antes da Formula 1 voltar a Interlagos. Construído num aterro, degradou-se e foi demolido em 2013, para acolher ali o parque olímpico, com a esmagadora maioria das estruturas para os Jogos Olímpicos de 2016.
Para além disso, também ajudou a desenhar e construir o Autódromo de Curitiba, local onde passou, entre outros, o Mundial de Turismos. Ao todo, a sua marca foi sentida em três continentes.
Nascido a 7 de julho de 1922 em Curitiba, foi futebolista na sua juventude, tendo jogado pelo Athletico Paranaense e ajudou a desenhar um símbolo novo no seu clube. Formado em Engenharia Civil na Universidade Federal do Paraná em 1949, começando a trabalhar para o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, do qual se tornou diretor. Ali, começou a fazer, sobretudo, obras de infra-estruturação, como estradas e hotéis. Também projetou estádios como o Mineirão, em Belo Horizonte, e o Couto Pereira, em Curitiba.
Nos anos 70, começa a fazer as obras dos quais irá ser famoso. E tudo graças à amizade com Fernanda Pires da Silva. Em 1967, tinha desenhado o Autódromo Internacional de Goiânia, que se tornou numa das melhores infraestruturas desportivas de então, e ela o escolheu para desenhar autódromos em dois continentes. O primeiro, em Portugal - foi uma das suas primeiras obras no estrangeiro - e outra em Luanda, então colónia portuguesa. Ambos os circuitos foram construídos ao mesmo tempo e foram inaugurados com 21 dias de diferença, em 1972.
O circuito angolano era a primeira etapa de um projeto maior que implicava a construção de outras estruturas como hotéis, bungalows e um casino. E foi ali que idealizou a escapatória de gravilha, graças ao aproveitamento de casas demolidas na zona. A pista poderia acolher a Formula 1 e Emerson Fittipaldi visitou-a, elogiando o projeto. Contudo, a agitação após o 25 de abril, a independência e a guerra civil que assolou aquele país e que terminou em 2002 fez abortar o projeto, e a pista ficou abandonada por muito tempo. Um destino totalmente diferente do Estoril, que albergou a Formula 1 de 1984 a 1996.
Pouco depois, em 1977, pediu-se a Cornelsen se poderia renovar totalmente uma pista que havia nos arredores do Rio de Janeiro. Era Jacarépaguá, e o objetivo era um só: receber a Formula 1. O projeto foi concluído em um ano e em 1978, recebia o primeiro Grande Prémio, e iria continuar assim entre 1981 e 89, antes da Formula 1 voltar a Interlagos. Construído num aterro, degradou-se e foi demolido em 2013, para acolher ali o parque olímpico, com a esmagadora maioria das estruturas para os Jogos Olímpicos de 2016.
Para além disso, também ajudou a desenhar e construir o Autódromo de Curitiba, local onde passou, entre outros, o Mundial de Turismos. Ao todo, a sua marca foi sentida em três continentes.
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