Há quarenta anos, a 18 de maio de 1980, Ian Curtis matava-se e o vulcão St. Helens decidiu entrar em erupção, num dos mais espectaculares da história em tempos recentes. Mas também nesse dia, um domingo, acontecia o GP do Mónaco, onde Carlos Reutemann foi o vencedor numa corrida que teve tanto de tenso como de espectacular.
E começou com o incidente que se vê na foto, onde Derek Daly "voou" contra os carros de Bruno Giacomelli (Alfa Romeo), Alain Prost (McLaren) e de Jean-Pierre Jarier (Tyrrell). Gilles Villeneuve e Nelson Piquet safaram-se de boa, pois no final acabaram por pontuar. E neste incidente, todos desistiram, mas não ficaram feridos.
Depois disto, foi um duelo entre Williams e Ligier. Alan Jones, Carlos Reutemann, Didier Pironi e Jacques Laffite, todos lutaram pela vitória nas complicadas ruas do Mónaco, esperando por um erro ou qualquer problema mecânico para poderem triunfar. E foi o que aconteceu: na volta 26, Jones desistiu com problemas no seu diferencial, deixando a liderança a Pironi.
Sem Jones, Reutemann começou a pressionar o francês, que duas semanas antes tinha vencido a sua primeira corrida na Formula 1, em Zolder. A pressão não era fácil, pois o argentino era incomodado pelo outro Ligier de Jacques Laffite. Pironi parecia estar a aguentar as intenções de Reutemann, mas na volta 54, perdeu o controle do seu carro e bateu na curva do Casino, à entrada da descida do Mirabeau, numa altura em que as núvens já cobriam Monte Carlo a ameaçavam chuva.
No final, Reutemann levou a melhor, na sua primeira vitória em quase ano e meio, a primeira ao serviço da Williams - e a única do ano - na frente de Laffite e de Nelson Piquet. E para Jochen Mass e Emerson Fittipaldi, estes foram as últimas vezes que pontuaram nas suas carreiras. Tudo isto num dia de há 40 anos, nas ruas do Mónaco.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...